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Memorial da Imigração Japonesa no Brasil

Memorial da Imigração Japonesa no Brasil
Suspensa sobre um lago, edificação tem desenho inspirador e celebra a união entre Brasil e Japão. Imagens: Jomar Bragança
Memorial da Imigração Japonesa no Brasil
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União simbólica

Texto: Marina Cabral

Construído sobre um espelho d’água em um grande parque ecológico de Belo Horizonte, o Memorial foi idealizado para se tornar símbolo do centenário da imigração japonesa no Brasil. Sua forma simples – semelhante a uma hélice – é também expressiva, transmitindo a sensação de movimento com duas rampas curvas de entrada, dispostas simetricamente, unindo-se a um círculo central.

A região mineira foi escolhida para receber a obra pelo alto número de japoneses que ali vivem. “O museu a céu aberto celebra a amizade entre o Japão e o estado de Minas Gerais e o que essa relação foi capaz de construir de concreto e de imaterial”, destaca Gustavo Penna, arquiteto responsável pelo projeto.

Como um pavilhão-ponte, o Memorial se ergue acima do espelho d’água fazendo alusão à união entre os povos. “O lago é como o mar entre as nações, e, também, aquele dos desafios, das conquistas, dos tempos vividos”, completa.

Destacados na cor vermelha, os símbolos que representam as bandeiras de Minas e do Japão – um triângulo e um círculo – se encontram nos muros dos acessos, dando abertura às imponentes rampas da construção. “A forma da ponte simétrica e com curvas que se entrelaçam evoca ao mesmo tempo coesão, movimento contínuo e interdependência, e gera um percurso museológico de recursos multimídia e linguagem acessível para contar histórias de abertura, grandeza e amizade”, explica Penna.

Interior

Para ambientar um templo no interior do Memorial, um projeto cenográfico foi criado por Paulo Pederneiras. A cor vermelha – evidenciada nas bandeiras – foi novamente utilizada com abundância em um espaço vazio que produz eco e representa o ato de falar e ser ouvido.
Ao entrar, os visitantes sentem mudanças nos sentidos e encontram almofadas parecidas com vitórias-régias, para os momentos de reflexão e reverência.

Cultura e natureza

O Memorial foi implantado no parque com muito espaço verde para ressaltar a importância do paisagismo e da jardinagem ao povo japonês. “O percurso parte do Japão simbólico, das cerejeiras, para a Minas dos ipês brancos”, destaca o arquiteto.

Escritório

  • Local: MG, Brasil
  • Início do projeto: 2007
  • Conclusão da obra: 2009
  • Área construída: 534 m²

Ficha Técnica

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