O estúdio Casulo – um container sustentável que permite diferentes usos – foi concebido para a Casa Cor Minas Gerais 2015 pelos arquitetos Giulianno Camatta e Guilherme José Rocha (Meius Arquitetura), Bernardo Horta (Bernardo Horta Arquitetura) e Pedro Lodi (pmlodi Arquitetura/Construção). Os profissionais contam que se propuseram a criar um lugar interativo e vivo, que pudesse servir a um local de convívio, a uma barbearia e até mesmo a uma pequena residência.
"A concepção que inspirou o projeto veio de um sistema simples, com flexibilidade de layouts, que possibilita uma variedade de atividades e espaços de acordo com cada momento", comentam.
O container foi escolhido devido à sua rápida customização e por permitir uma construção de fácil ampliação, graças a um sistema modular de encaixes que amplia os ambientes de forma significativa. Camatta, Rocha, Horta e Lodi resolveram dividir a montagem do estúdio Casulo em apenas duas partes.
Na primeiras delas, o container passou por uma customização geral, incluindo cortes na lataria para deixar o interior mais arejado. Também ganhou um sistema de isolamento térmico e acústico realizado com aplicação de lã de vidro – pet reciclável –, que é colocada em forma de “sanduíche” entre a estrutura e as placas de madeira. Nestes vãos, cria-se passagem para a colocação de tubos de elétrica e canos hidrossanitários.
Na sequência, foi feita a divisão interna do Casulo, com a instalação do banheiro e das áreas programáticas.
Assim como a estrutura, todos os materiais que compõem o projeto são modestos e sustentáveis, tornando a construção econômica e conferindo-lhe um charme rústico do campo.
Para a cobertura do deck, foi utilizada uma malha alternada de pallets. Além de serem mais econômicos, comparados à madeira comum, podem ser montados e desmontados de acordo com a necessidade e, no caso de mudança, todo o material pode ser reaproveitado.
O revestimento de virola foi escolhido por seu baixo custo e facilidade de instalação, atendendo, assim, aos requisitos sustentáveis do projeto Casulo. “A chapa de virola é produzida pela colagem de finas camadas de madeiras. Apresenta elevado potencial para o manejo florestal, devido o seu rápido crescimento e abundância de regeneração”, explicam os arquitetos.
A lã de pet que foi escolhida para revestir as paredes é um isolante térmico e acústico ecologicamente correto, proveniente de matéria-prima reciclada, 100% reciclável. É produzida a partir de garrafas PET recicladas, sem adição de resinas, sem utilização de água ou emissão de carbono durante o processo.
O projeto de paisagismo foi desenvolvido somente com vegetação nativa, que é compatível com o clima da região e contribui para a diversificação da fauna, já que serve de alimento para animais locais.
Cidade do container, do escritório Arktos Arquitetura Sustentável
Casa Container, do escritório ARQ + Arquitetura
Decameron, do escritório studio mk27
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