Texto: Naíza Ximenes
De cunho exclusivamente residencial e representando um marco arquitetônico na cidade de Barueri (SP), o Level Alphaville é um edifício de 142 metros de altura que, a pedido do proprietário, “se destaca no skyline de Alphaville”. Projetado pelo escritório MCAA Arquitetos, o prédio é a primeira obra de um masterplan idealizado para a região.
O dono do terreno de mais 25 mil metros quadrados contatou os arquitetos do escritório com a proposta de construir um novo bairro na cidade de Barueri. Após alguns estudos de viabilização, a equipe propôs a divisão desse grande espaço em quatro lotes, mantendo boulevards que conectam as ruas, linguagem arquitetônica única entre as obras e projetos que garantem a qualidade de vida dos futuros moradores dos prédios a serem construídos.
Uma vez aprovado o projeto, a obra do Level Alphaville foi a primeira a sair do papel. A premissa era construir um edifício que marcasse, mas não agredisse o horizonte de Alphaville, criando uma única torre, com cinco unidades por pavimento.
O principal ponto de partida era que o prédio fosse um projeto destacado no skyline, mas respeitoso também com a inserção urbanística em volta delePilar Lorenzo, arquiteta do MCAA Arquitetos
Assim, em um dos lotes, de quase 5.700 metros quadrados, surgiu o empreendimento que se destaca como uma nova referência em apartamentos contemporâneos de alto padrão. Com vistas panorâmicas de todas as direções, o edifício foi projetado sem uma orientação frontal específica, criando uma fachada que, apesar de ter linhas bem definidas, é extremamente flexível.
Em entrevista à Galeria da Arquitetura, Pilar Lorenzo, que faz parte da liderança do MCAA Arquitetos, contou sobre a sensibilidade do embasamento do Level Alphaville sob o ponto de vista do pedestre.
“Na escala do pedestre, do entorno imediato e das sensações mais próximas ao ser humano, há um dos destaques do edifício, que é a preocupação com a transição do público para o privado. A construção se afasta da rua e cria um espaço de quase 15 metros entre o final da calçada e o início do embasamento, quase como um espaço de descompressão”, ela explica. “É uma contribuição visual, de circulação de ar, de impacto, de sombreamento — uma praça de transição entre o público, o semipúblico e o privado”, completa. Esse recuo abriga entradas sociais, serviços e porte-cochère.
Uma vez no prédio, o morador é recebido por uma marquise com um formato sinuoso que se repete ao longo de toda a fachada do edifício. A sinuosidade também se repete no interior, marcado por ambientes com diferentes alturas. Na área de lazer, 15 metros acima do nível da rua — e que ganhou piscina ao ar-livre e piscina coberta, academia, sauna, salão de festas e quadras —, guarda-corpos de vidro garantem vista completa do horizonte.
O paisagismo e os interiores foram concebidos para criar microclimas que enriquecem a experiência de cada espaço. No rooftop, um pé-direito de quatro metros oferece ambientes mais iluminados e agradáveis, como espaço gastronômico, esporte bar com churrasqueira, espaço família, piscina de recreação externa e lounge externo — todos desfrutando de uma vista de 360º.
“Ao mesmo tempo que nós precisamos ter personalidade, com marca, identidade, também queremos uma torre que seja perene. Que seja atemporal”, comenta o arquiteto Rogério Castro Conde, que também faz parte da liderança do escritório. “Para isso, nós buscamos materiais com muita qualidade. A curva já traz um pouco dessa surpresa e, aliada ao vidro, há luz refletindo de várias maneiras. Cria uma sensação de espaço bastante diferente”, complementa.
Quanto às plantas, a torre ganhou unidades que variam entre 95, 123 e 180 metros quadrados, todas com terraços que maximizam as vistas e oferecem flexibilidade de layout. Desde opções com duas suítes até apartamentos com quatro dormitórios, cada unidade foi projetada para atender diversas necessidades e preferências, de acordo com o perfil dos moradores.
“O que eu mais gosto nesse projeto é essa questão da verticalidade, da curva e do caráter dele, de conseguir inspirar uma mudança maior do que ele mesmo”, conclui Castro Conde.
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