A primeira construção que o terreno localizado no Club Playa Bonita, em Lima (Peru), recebeu foi uma experiência sem sucesso. Com um porão construído com algumas falhas abaixo do lençol freático, a residência sofria de infiltrações e, inevitavelmente, precisou ser demolida.
“Depois disso, os clientes nos chamaram para projetar a Casa Seta. Eles me disseram: ‘Você tem total liberdade, pode fazer o que quiser, só não construa um porão’”, brinca Martin Dulanto, responsável pelo desenho da nova construção.
O lote de medidas modestas (156 m²) recebeu, então, uma estrutura simplória, como uma caixa branca vazada. “Este projeto é parte de uma exploração pessoal em que um desafio estrutural é apresentado e a ideia de cavar um volume é testada”, comenta.
A área social é o grande cartão de visitas da residência. Localizada na grande abertura da construção, ela fica completamente exposta para o exterior e integra todos os espaços de serviço (sala de jantar, estar, cozinha). “O canto que faz fronteira com os jardins exteriores não tem qualquer suporte vertical, uma vez que é estruturado com vigas em balanço. Esse gesto estrutural também caracteriza o projeto, distinguindo-o das casas vizinhas.”
No primeiro andar ficam também os dormitórios, que podem se tornar completamente independentes da área social fechando uma porta de correr e a área de serviço. O nível do terraço é puramente social: sala de estar, sala de jantar, churrasqueira/bar, piscina e área de banhos de sol.
Por se tratar de uma casa de veraneio, os acabamentos são predominantemente rústicos, como concreto aparente, pedras e madeira.
A vegetação também é muito presente, inclusive na parte interna, tanto para reforçar a ideia de que o usuário está em um espaço natural e descontraído, quanto como trazer privacidade em relação aos vizinhos.
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