Otacílio Bar Gastrô

Com vista privilegiada para a Lagoa da Pampulha, o Otacílio Bar Gastrô foi um dos ambientes da Casa Cor Minas 2015. Imagens: Xico Diniz

Um espaço de contemplação

Texto: Nuri Farias

Instalado às margens da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), o Otacílio Bar Gastrô foi um dos destaques da Casa Cor Minas de 2015. Seu projeto arquitetônico, assinado por Luciana Savassi e Marcos de Paula, foi concebido de forma a não interferir no magnífico entorno.

“Optamos por uma fachada leve, totalmente aberta, que abraça uma paisagem que é símbolo da capital mineira”, comentam.

Releitura modernista

As linhas retas e as formas geométricas do mobiliário revelam a inspiração que o projeto recebeu do modernismo. "Fizemos uma releitura bem atual deste movimento", contam os arquitetos.

O mobiliário do Otacílio Bar Gastrô tem design inovador e é assinado por artistas premiados. Em referência às curvas de Oscar Niemeyer, uma tenda tensionada passa a impressão de um tecido sendo carregado pelo vento enquanto repousa sobre a paisagem.

Além de design arrojado, a cobertura ajuda na eficiência acústica interna, evitando uma grande propagação de som do ambiente para o exterior Foto: Jomar Bragança

Decoração consciente

Com predomínio no ambiente, o dourado faz referência ao pôr do sol na Lagoa da Pampulha. Foram priorizados também materiais ecologicamente correto, como o material das bancadas.

Totalmente automatizado, o Otacílio Bar Gastrô possui tecnologia inédita para os armários da cozinha. “Portas e gavetas desempenham sua função através de um toque no tablet ou smatphone, minimizando o trabalho com a função desejada e facilitando a organização”, explicam os criadores do espaço.

O projeto de iluminação usa lâmpadas LED, propiciando eficiência energética e sustentabilidade. Um muro de pedras que já estava no local é iluminado por meio de spots de chão. Sobre as mesas, abajures deixam o clima mais aconchegante.

A pedido dos arquitetos, a estilista e designer mineira Regina Misk desenvolveu o revestimento dos bancos e do puff do lounge, fazendo referência às obras de Portinari. O também mineiro Célio Olímpio, artista plástico, usou o vidro metalizado para fazer referência ao pôr do sol da Lagoa.

Com o intuito de deixar a paisagem o mais exposto possível e favorecer a contemplação por parte dos visitantes, os arquitetos Luciana Savassi e Marcos de Paula usaram vegetação (forração) baixa, como moreias e bromélias.