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Casa MM

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A paisagem verde do Haras Larissa inspirou Simone Meirelles para o projeto da Casa MM. Além do paisagismo de Marcelo Faisal, materiais naturais como tijolo, telha de barro e madeira enfatizam o estilo campestre. Imagens: Felipe Castellari
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Em busca do campo

Texto: Thais Matuzaki

Bucólica com um toque colonial, a Casa MM foi concebida pela arquiteta Simone Meirelles para um casal paulistano que procurava um espaço de lazer e descanso longe da capital. Encontraram ali em Monte Mor – município localizado próximo à região de Campinas (SP) – um terreno plano cercado por campos e árvores frondosas. Com o projeto paisagístico assinado por Marcelo Faisal, a natureza foi ainda mais valorizada.

A Casa MM foi inserida no condomínio Haras Larissa – um empreendimento de lazer, com infraestrutura para a prática de atividades hípicas, cujo projeto arquitetônico foi assinado pelo arquiteto Marcos Tomanik.

A integração da Casa MM com a área externa acontece através de grandes caixilhos e generosas varandas Foto: Felipe Castellari 

Simone implantou a residência de forma a aproveitar as vistas que o lote oferecia. Através de grandes caixilhos, os principais ambientes do térreo foram orientados para a paisagem verde que se formou não somente pela vegetação existente, como também pelo paisagismo idealizado por Marcelo Faisal. Esses espaços transformam-se numa única área de convívio e lazer, tal como uma ampla varanda. No pavimento superior, os dormitórios e os corredores desfrutam da vista das copas das árvores.

As circulações externas são fechadas com vidro e revestidas com um forro de madeira que filtra a luz. Então, apesar de serem cobertas, essas áreas têm um aspecto diferente que cria a sensação de estar num ambiente externo. Na opinião de Simone, tal impressão é provocada pelo “jogo de luz e sombra que embeleza o local e traz ritmo ao caminhar.”

Arquitetura colonial e contemporânea

Segundo Simone, a paisagem verde do terreno contribui para o desenvolvimento do conceito arquitetônico da Casa MM, que foi construída a partir de materiais naturais como tijolo, telha de barro e madeira.

No térreo, os espaços interno e externo ganham continuidade através do mármore travertino bruto que reveste tanto o piso da sala quanto da área externa. Esse material estabelece um contraponto interessante com outros dois elementos: o tijolo presente nas fachadas e em alguns pontos da varanda, e a madeira de demolição que cobre a parede de fundo do living.

Enquanto o interior da casa confere um estilo mais contemporâneo, seu exterior reforça traços de uma arquitetura mais colonial e campestre. Além das telhas de barro cobrindo um telhado de várias águas e dos janelões das fachadas, a residência segue marcada por beirais de 1,5 metros que protegem a edificação da chuva e do sol. Num conjunto de tons terrosos, os materiais escolhidos também acentuam as características de uma morada de campo.

A edificação está em contato permanente com o campo. Todos os ambientes permeiam o jardim que, em alguns momentos, chega a transpassá-los Marcelo Faisal (paisagista)

Paisagismo clássico e trópico

O conceito arquitetônico da Casa MM foi incorporado ao projeto paisagístico de Marcelo Faisal, que trouxe definitivamente o verde para dentro da residência. Como define Simone, “a edificação está em contato permanente com o campo. Todos os ambientes permeiam o jardim que, em alguns momentos, chega a transpassá-los.”

Com palmeiras-imperiais, pandanus, washingtonias e resedás, o paisagismo enfatizou o caráter bucólico da residência. “Buscamos o espírito de campo, com algo mais lúdico e menos praiano. Costumo chamar esse conceito de ‘mel tropical’, no qual adotamos um pouco do clássico e do trópico”, descreve Marcelo.

Logo no acesso principal, a casa dá as boas-vindas com a árvore flamboiã alinhada às palmeiras-imperiais. “Com eixos entre troncos, elas permitem que a casa esteja camuflada, mas ao mesmo tempo visível”, afirma o paisagista.

Seguindo pela entrada de veículos, surge uma alameda de resedás. Junto à grama entre os paralelepípedos, elas amenizam o aspecto agressivo do piso de pedras. Na área de lazer, aparecem as washingtonias de um lado, e do outro dois pandanus. “Essas espécies mais próximas às piscinas traduzem um jardim periférico, que também possui uma natureza cenográfica por refletirem na água e serem iluminadas à noite”, explica Marcelo.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2013
  • Conclusão da obra: 2016
  • Área do terreno: 2560 m²
  • Área construída: 765 m²

Ficha Técnica

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