Ao projetar o Apartamento Francisco Matarazzo, em 2016, o escritório Madi Arquitetura & Design tinha uma premissa bem clara: todos os espaços do imóvel de 168 m² deveriam ser funcionais e trazer praticidade ao cotidiano dos proprietários – um jovem casal que gosta muito de viajar.
“Com a estética bem definida, o projeto faz uso de linhas retas, cores claras e um mobiliário exclusivo, além de objetos do design brasileiro atual. Para o layout dos ambientes, fizemos circulações bem definidas e esteticamente condizentes com as solicitações dos clientes”, relata a arquiteta Thais Margonari Bechara Sanches.
Localizado no bairro de Perdizes, em São Paulo, o apartamento é novo e foi entregue pela construtora com alguns ambientes no contrapiso. Uma das primeiras medidas foi a integração da sala de estar com a varanda, que demandou a retirada da porta de correr de alumínio que existia entre os dois ambientes. Além de permitir ampliar o espaço, essa mudança no projeto possibilitou levar a mesa de jantar para a varanda, e a sala de TV pôde ficar ao lado do estar.
As modificações estruturais foram nivelamento do piso da varanda com a sala e inserção de uma banheira de imersão no banho máster. “Essas duas alterações exigiram a contratação de um engenheiro civil para calcular as cargas desses elementos e a execução do contrapiso. Em relação à banheira, o modelo foi escolhido conforme o peso aprovado pelo engenheiro, após o cálculo do sobrepeso”, explica a arquiteta Fátima Oliveira Cima.
A marcenaria do Apartamento Francisco Matarazzo foi desenhada pelo escritório, que deixou boa parte desses móveis suspensos, para facilitar a limpeza. Além disso, todos são revestidos em fórmica ou outro acabamento de fácil manutenção.
O desejo dos moradores por praticidade refletiu, também, na escolha dos materiais – a exemplo dos porcelanatos, cuja limpeza no dia a dia é bem simples.
Na decoração, destacam-se, ainda, algumas peças do design brasileiro, como a mesa de jantar Dinn, de Jader Almeida, as poltronas Blass, do Estudio Clami, e as luminárias Rod, de Fernando Prado.
Como os ambientes já contavam com boa entrada de luz natural, o projeto de iluminação apenas embutiu alguns pontos para fazer a iluminação pontual e algumas sancas para fazer a iluminação direta. Um dos destaques são as luminárias pendentes Rod, do designer brasileiro Fernando Prado, que foram instaladas em alturas diferentes para criar uma sensação de movimento no conjunto. Além disso, elas estão posicionadas no campo de visão de quem acessa o apartamento pela entrada social. Funcionam também como uma leve escultura suspensa.
“O diferencial do projeto está na exploração da iluminação natural aliada aos objetos de design”, comenta Bechara Sanches, acrescentando que o projeto luminotécnico também foi desenhado pelo escritório.
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