Localizado na cidade interiorana de Marília (SP), o hotel DMAX foi projetado com a proposta de ser econômico, tanto no processo de construção quanto no serviço final oferecido aos clientes. “A proposta era criar ambientes com design diferenciado e, ao mesmo tempo, de negócios; para pessoas que chegam à cidade e passam pouco tempo”, explica um dos arquitetos responsáveis pelo projeto, Luiz Paulo Andrade, do escritório LP Andrade Arquitetura.
De acordo com Andrade, o resultado é uma edificação de três andares com uma caracterização totalmente nova e sob a ótica do design, onde o cliente interage com os espaços em uma proposta de autosserviço. “O hotel DMAX estava sendo construído e se encaminhando para ter um estilo já bastante comum. Foi aí que nós entramos, absorvemos aquilo que ele tinha de legal e colocamos nossas ideias para funcionar, nas mudanças pontuais de interiores”, explica.
O colorido que criamos garante que os hóspedes tenham uma experiência de diversão Luiz Paulo AndradeA condução do hóspede se dá pelo lobby, que o leva ao check-in. De lá, ele consegue ter uma leitura completa do projeto arquitetônico e do espaço disponível. Tudo é integrado e aberto neste primeiro âmbito: a sala de TV é ligada às salas de leitura, de reunião e de informática.
Na maioria dos casos, o acesso se dá por escadas – mesmo com a presença do elevador. “Desenvolvemos o projeto de circulação e de comunicação visual de maneira a acompanhar o hóspede às entradas dos apartamentos: do desenho do tapete, passando pelo desenho da luz, até chegar nas cores dos corredores”, explica o arquiteto.
Os largos corredores do DMAX têm desenhos nos carpetes, que formam um estilo quase em ‘xadrez’, enquanto os caminhos, as paredes e as portas dos quartos são marcados com detalhes em laminado na cor verde.
O escritório de arquitetura fechou uma parceria com uma fábrica italiana de móveis para alcançar o resultado de design de interiores esperado pelos clientes. De acordo com Lucilla Mesquita, arquiteta também responsável pelo projeto, todo o mobiliário passou por estudo e mescla de cores. “Os balcões da recepção são personalizados para oferecer um serviço de self-service, e o hóspede consegue fazer um ‘auto check-in’. Os sofás do hall são fixos, estruturados com folha de bambu e estofados em couro sintético muito resistente”, destaca.
Lucilla também pontua a importância das cores no projeto do hotel DMAX – também presente em mobiliários e ambientes exclusivos. “As cores são muito fortes, harmonizam e equilibram muito os ambientes. No hall principal, por exemplo, temos uma grande mesa de reunião em laca na cor laranja, desenhada com saídas de tomada especialmente para o hotel – que recebe equipes para convenções. Ela conta com cadeiras criadas pelo designer Pedro Paulo Franco. Além dela, personalizamos as mesas de refeição com cores fortes e tons de cinza”.
Devido à alta rotatividade, o hotel DMAX foi projetado para abrigar muitos quartos. Andrade explica que, como eles são pequenos, o mobiliário deveria atender às necessidades dos hóspedes e ser funcional ao mesmo tempo. “Desenvolvemos o layout do mobiliário especialmente para os quartos. Pensando na funcionalidade aliada ao design, eles são interligados. A própria cama já é a cabeceira e uma pequena mesa de trabalho”, ressalta.
“Tivemos o cuidado de projetar algo que visasse o conforto dos clientes. Por isso, as formas curvas do mobiliário atendem às necessidades tão bem. Ao olhar a cama, é possível notar os colchões maiores que a estrutura – isso evita que, ao circular pelo espaço, o hóspede bata o joelho na quina, ou raspe suas malas e pertences”, completa Lucilla.
Os pisos e revestimentos do projeto arquitetônico foram escolhidos pela resistência: porcelanatos, aço inoxidável e laminados de madeira – materiais duradouros, de fácil limpeza e manutenção.
De acordo com Andrade, a iluminação do DMAX também foi cuidadosamente elaborada. “Focamos na valorização das cores e dos desenhos; o jogo de luzes cai bem com as cores cítricas presentes nos ambientes. O colorido que criamos garante que os hóspedes tenham uma experiência de diversão, e isso é muito legal nesse projeto”, conclui.
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