Logo Construmarket
Banner

Casa 4.16.3

Casa 4.16.3
As características naturais do terreno, como elevado desnível e densa vegetação, influenciaram o projeto da Casa 4.16.3, localizada no interior do Rio Grande do Sul. Imagens: Marcelo Donadussi
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3
Casa 4.16.3

Cercada pela mata

Texto: Ana Marquez

Para o projeto arquitetônico da Casa 4.16.3, localizada na cidade de Erechim (RS), o escritório Luciano Lerner Basso Arquitetura definiu, em conjunto com os proprietários, um programa de necessidades que ocuparia uma área construída de 510 m². A proposta era desenvolver uma residência preferencialmente térrea, cujas áreas social e íntima funcionassem de forma independente.

“Um bom projeto busca sempre praticidade, funcionalidade e economia de recursos, e foi o que procuramos trazer para essa construção”, comenta o arquiteto Luciano Lerner Basso.

Construção conforme terreno

A Casa 4.16.3 está construída em um terreno marcado por um aclive de vinte metros e cercada por diversas espécies vegetais nativas. Com isso, o arquiteto tentou alterar minimamente a topografia do terreno, realizando poucos cortes de terra e de contenções.

“Acomodar a residência em um terreno com aclive tão grande foi um desafio. Propusemos, assim, uma construção em que o bloco maior se acomoda em uma das cotas mais elevadas, apoiado sobre pilotis, e o bloco menor se desenvolve de forma natural”, explica.

Arquitetura sustentável

Os arquitetos tiveram preocupação com a sustentabilidade. Além do respeito pelas características naturais do terreno, a Casa 4.16.3 possui reaproveitamento de água da chuva, aquecimento por meio de energia solar, ventilação e iluminação naturais em todos os cômodos, redução de perdas energéticas através de paredes externas duplas com câmara de ar e, por fim, esquadrias de alto desempenho com vidros duplos.

Arquitetura vernacular

No térreo, uma grande porta-janela integra o salão de festas com a área da piscina. No segundo piso, rasgos verticais realizados em um painel de madeira se sobrepõem à alvenaria, criando aberturas. “Utilizamos madeira nos painéis e também em detalhes como marquises, bancos e pérgolas. A ideia era trazer ao projeto traços da arquitetura vernacular da região”, relata o arquiteto.

Divisão dos espaços

Cozinha e sala de jantar estão no andar mais baixo da casa Foto: Marcelo Donadussi 

O programa foi dividido em dois volumes. O primeiro abriga os serviços e a área íntima da casa. O segundo, em um nível abaixo, acomoda a parte social ligando-a diretamente ao pátio e à área da piscina.

“Os dois blocos formam um 'T' e articulam-se por meio da circulação vertical. O encontro entre esses eixos imaginários conta com um pé-direito duplo que une os volumes e permite que a área íntima da morada se aproprie espacialmente da área social”, conta Basso.

Como todo o programa básico se encontra no mesmo nível, a Casa 4.16.3 funciona como se fosse térrea. Há dois acessos: o de uso cotidiano, através da garagem, e por meio do nível inferior, pela sala de estar com pé-direito duplo. Ali inicia-se o passeio público, que passa sob o balanço estrutural e expande pelos pilotis abaixo do volume principal.

Sobre a laje do volume mais baixo há um terraço com jardim. E junto ao salão da churrasqueira, onde está a piscina, há outro terraço. “Em ambos o usuário fica no mesmo nível das copas das árvores e conta com uma paisagem incrível da região”, destaca.

A obra se materializa através da estrutura em concreto armado e paredes em alvenaria de tijolos cerâmicos revestidos com reboco de argamassa de cimento e areia. A mão de obra utilizada foi local.

Escritório

  • Local: RS, Brasil
  • Início do projeto: 2011
  • Conclusão da obra: 2015
  • Área do terreno: 2.150 m²
  • Área construída: 510 m²

Ficha Técnica

Veja outros projetos relacionados