No bairro Alto da Boa Vista, em São Paulo, um terreno de pouco mais de três mil metros quadrados recebeu um condomínio de 12 casas, cujas áreas variam de 503 a 536 m².
Todo o empreendimento foi projetado por Lucia Manzano Arquitetura + Paisagismo, que buscou, por meio do design, aproveitar os visuais e a integração das casas com a natureza. “Para valorizar as árvores existentes no lote e o paisagismo da alameda principal das casas, os carros foram deixados no subsolo do condomínio”, conta Manzano.
Apesar de possuírem metragens um pouco diferentes, as residências têm programas semelhantes. No térreo, fica a área social, com sala de estar, de jantar, home e cozinha totalmente integrados.
No primeiro pavimento, foram colocadas as três suítes, cada uma com closet e varanda. “As varandas trazem privacidade, além de proteção natural contra o sol e a chuva”, diz Lucia Manzano.
Na cobertura, por sua vez, fica a área de lazer coberta e descoberta. De acordo com a arquiteta, a cobertura é um terraço aberto com vista para a copa das árvores, além de área coberta com possibilidade de múltiplos usos.
Cada casa dispõe, ainda, de piscina privativa e quatro vagas de garagem. “O jardim com piscina é uma extensão natural da área social, uma vez que a abertura do caixilho tem a largura total da sala”, comenta.
Os projetos de arquitetura e de paisagismo do condomínio foram pensados em diálogo, de maneira a criar um só conjunto que valoriza as casas e as áreas comuns. “Nesse processo, nosso maior desafio foi implantar as 12 residências, o playground e a academia em um lote de esquina com metragem de 3.286m2, desnível de 7m e perímetro bem irregular”, conta Manzano.
Para que todas as casas tivessem as salas no mesmo nível do jardim, foi necessário acomodá-las em dois grandes platôs, levemente inclinados: oito casas no platô inferior e quatro no platô superior.
O acesso de pedestres às casas se dá por uma extensa e convidativa alameda verde. Ela foi pensada como uma grande área de estar ao ar livre, onde a arquitetura e o paisagismo se misturam e se complementam.
O processo de pensar a relação entre dentro e fora exigiu atenção para a escolha dos materiais. Nesse contexto, a madeira entra como elemento de ligação entre a arquitetura e o paisagismo.
“Elegemos a madeira para os bancos da alameda, para as portas de entrada das casas e para os brises das fachadas. De maneira complementar, outras cores e texturas estão presentes no uso de tijolinhos, das placas cimentícias e da textura branca”, detalha Manzano.
Valcotos, de Studio MK27
Vila Residencial Caminho das Árvores, de Roberto Moita Arquitetos
Escritório
Veja outros projetos relacionados
Termos mais buscados