A cerca de 100 quilômetros de São Paulo, às margens da rodovia Santos Dumont, na cidade de Indaiatuba (SP), está a filial brasileira da indústria alemã Weishaupt, fabricante de queimadores para sistemas de aquecimento, que teve seu projeto arquitetônico assinado por Roberto Loeb e Luis Capote, do escritório Loeb Capote Arquitetura e Urbanismo.
“Os idealizadores encomendaram um projeto que expressasse, na fachada e no programa, ideais do design da escola alemã de Ulm”, contam os arquitetos, que seguiram fielmente a tradição da empresa.
Devido à terraplenagem, que criou um platô alto junto à rodovia, a impressão que se tem quando se avista o edifício da Weishaupt é que seus volumes são mais elevados do que o real. “A construção é composta por três blocos conectados por uma marquise curva: o bloco administrativo, o de produção e um menor, que serve de espaço para demonstração do desempenho dos queimadores industriais”, expõem os sócios sobre a estrutura, que ficou com 3.000 metros quadrados de área construída.
O lote oeste da construção é ocupado pelo volume envidraçado, com caixilhos de alumínio e vidro refletido nas duas faces principais do projeto. Nessa área há dois pavimentos, onde estão abrigados os escritórios. Além de receberem luz natural, o que ajuda na redução do consumo de energia, eles dispõem de uma bela vista panorâmica do interior paulista. O logotipo da empresa, em vermelho, fica na cobertura da parte administrativa, podendo ser percebido de longe, o que ajuda ainda mais na identidade do local.
“Os escritórios ocupam os dois andares da caixa com fachadas em vidro e caixilharia de alumínio, que reforçam a horizontalidade da volumetria, junto com o logotipo da empresa alemã”, comentam os arquitetos.
Do lado leste encontra-se o galpão industrial, com pé-direito duplo aplicado em sua planta, graças ao qual foi possível projetar um mezanino para os escritórios técnicos, liberando, assim, o térreo para estoque, montagem e manutenção. O bloco é estruturado em concreto e possui cobertura e fechamentos com telhas metálicas termoacústicas, que são intercaladas com perfurações para se obter ventilação cruzada – o que propicia eficiência térmica – e iluminação natural nos ambientes internos. Na cobertura, os arquitetos optaram por aplicar faixas de telhas translúcidas, também para favorecer a entrada de luz natural.
“O enxuto conjunto é complementado pelo galpão da produção industrial, cujos fechamentos opacos contrastam com a transparência dos outros blocos, recebendo iluminação natural por meio de aberturas na sua cobertura e perfurações nas chapas metálicas de vedação”, explicam os arquitetos Roberto Loeb e Luis Capote.
No centro da obra, há o terceiro volume. Ele conecta as duas extremidades, ao mesmo tempo em que é contornado por uma circulação curva que desenha a praça de acesso. Sua estrutura quadrada é revestida por chapas brancas de alumínio. Nesta área funciona a sala de teste para treinamento prático dos produtos da Weishaupt. O espaço fica parcialmente enterrado, pois a projeção do pé-direito duplo deste setor, de seis metros, faz com que os equipamentos necessários para o funcionamento dos queimadores fiquem no subsolo.
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