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Mahle Metal Leve - Novo Centro de Distribuição

Mahle Metal Leve  - Novo Centro de Distribuição
O novo Centro de Distribuição da Mahle aumenta a eficiência das atividades, dobra a capacidade logística do grupo na América do Sul e sua estrutura de galpão cativa por ser implantada com cuidados paisagísticos. Imagens: Leonardo Finotti
Mahle Metal Leve  - Novo Centro de Distribuição
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Jardim interno integra galpão e escritórios

Texto: Tais Mello

O programa foi organizado em torno dessa área verde. São vários edifícios com volumes próprios, compactos e independentes, mas integrados por marquises, o que permite passeios ao ar livre durante o trabalho, promovendo a convivência e o bem-estar dos colaboradores Roberto Loeb

No interior de São Paulo, Limeira, uma área de 100 mil metros quadrados abriga o novo Centro de Distribuição da MAHLE Aftermarket com 35 mil metros quadrados, projetado pelo escritório Loeb Capote. A construção realizada em apenas 12 meses aumenta a eficiência das atividades, dobra a capacidade logística do grupo na América do Sul e, longe de apresentar a estrutura de um simples galpão, tão comum nesse tipo de obra, cativa por ser implantado com cuidados paisagísticos.

O Centro abriga escritórios, refeitório e o galpão, estruturas repletas de facilidades para desenvolvimento de suas funções. Entre os prédios de escritório e galpão, um jardim interno configura um atrativo espaço de descanso e contemplação vizinho ao restaurante do complexo.

“O programa foi organizado em torno dessa área verde. São vários edifícios com volumes próprios, compactos e independentes, mas integrados por marquises, o que permite passeios ao ar livre durante o trabalho, promovendo a convivência e o bem-estar dos colaboradores”, explica o arquiteto Roberto Loeb.

Programa ‘em caixas’

O moderno projeto organiza as funções como se fossem ‘caixas’. Tudo começa na pequena portaria térrea, localizada na extremidade do terreno, que recepciona funcionários e visitantes. Sua localização organiza os fluxos em ‘L’, direcionando para dois sentidos: aos vestiários e ao galpão industrial e ao bloco administrativo.

A administração tem três andares, estrutura de concreto armado, pilares independentes da fachada de vidro e cobertura que integra as edificações dos postos de trabalho, escadarias de acesso à vivência e portaria. Segundo o arquiteto, o layout intercala ambientes abertos e fechados. “As alas de trabalho são abertas, enquanto as salas de reunião são fechadas por parede e forro de gesso. Uma varanda longitudinal é usada para discussões informais, que não exigem as salas de reunião fechadas.”

Entre os prédios de escritório e galpão, um jardim interno configura um atrativo espaço de descanso e contemplação Foto: Leonardo Finotti

Jardins internos

Para viabilizar o jardim central, a terraplenagem rebaixou 5 m da área em relação à rodovia. A operação foi necessária para solucionar problemas referentes à escala, como o tamanho do galpão em relação à paisagem, uma vez que as exigências de pé-direito deixariam a construção destacada de todo complexo.

De pequenas dimensões, a área verde representa um local de relaxamento para os funcionários e um verdadeiro pulmão, uma vez que concentra árvores de várias espécies entre os vestiários e o refeitório. Tanto um quanto outro ambiente estão abertos aos jardins internos Roberto Loeb

“De pequenas dimensões, a área verde representa um local de relaxamento para os funcionários e um verdadeiro pulmão, uma vez que concentra árvores de várias espécies entre os vestiários e o refeitório. Tanto um quanto outro ambiente estão abertos aos jardins internos”, conta Roberto Loeb. No vestiário, a abertura foi necessária para aproveitar a luz natural, caso contrário seria um espaço confinado.

Já o refeitório térreo e sob pilotis abre-se como se fosse uma varanda para uma área de convivência com mais de 1.000 metros quadrados que inclui diversas jabuticabeiras e um espelho d’água. O espaço fica entre o galpão e a área de escritórios, podendo ser acessado através de um caminho coberto.

Sustentabilidade e eficiência térmica

Em meio a todas essas soluções estão presentes princípios de sustentabilidade adotados por meio de uma arquitetura de qualidade. Outro exemplo é o espelho d'água, que também é utilizado como reservatório para reúso e está posicionado entre os guarda-sóis e as marquises, próximos ao galpão.

Ao especificar no novo projeto tantas áreas verdes, os arquitetos contribuíram para uma melhora significativa do conforto térmico das áreas operacionais e de escritórios. “Além dos jardins, algumas partes do prédio incluem telhados verdes, responsáveis por proporcionar uma temperatura interna mais baixa e, consequentemente, um clima mais agradável, com economia de energia”, declara o arquiteto.

Terreno em desnível

Além dos jardins, algumas partes do prédio incluem telhados verdes, responsáveis por proporcionar uma temperatura interna mais baixa e, consequentemente, um clima mais agradável, com economia de energia Roberto Loeb

A moderna arquitetura do complexo Mahle parte de uma engenhosa planta plana que reúne em apenas um prédio todas as funções antes distribuídas em três edificações. Elas estavam implantadas em um terreno com 27 metros de desnível total, o que constituía um grande desafio para as atividades de logística. A terraplenagem rebaixou o terreno e possibilitou que a cobertura do galpão fosse nivelada na mesma altura do edifício administrativo. Apenas entre a administração e o jardim um desnível considerável ainda está presente, embora resolvido por um talude projetado pelos arquitetos. As escadarias conduzem a um túnel que leva a esse pavimento.

Estrutura e materiais

O galpão industrial deixa à mostra delgados pilares de concreto, enquanto a cobertura de telhas de aço sustenta vigas metálicas com aproximadamente 1,5 m de altura. Na estrutura, telhas sanduíche são apoiadas por treliças espaciais metálicas.

Os fechamentos foram feitos com venezianas plásticas que permitem a entrada de luz no interior, no qual estantes de 12 metros acomodam produtos e facilitam o trabalho das empilhadeiras. “No piso o concreto protendido oferece menos juntas de dilatação, melhorando o uso de equipamentos de movimentação de materiais e, consequentemente, reduzindo sua manutenção”, finaliza Loeb.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2012
  • Conclusão da obra: 2014
  • Área do terreno: 100000 m²
  • Área construída: 35000 m²

Ficha Técnica

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