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Residência São Luis do Paraitinga

Residência São Luis do Paraitinga
Dotada de extensos panos de vidro nas duas fachadas, esta morada de verão permite admirar a paisagem de dentro ou de fora da casa, através da própria edificação. Imagens: Alain Brugier
Residência São Luis do Paraitinga
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Observatório natural

Texto: Tais Mello

Amantes da natureza nunca abrem mão de viver em um lugar próximo ao verde e a tudo o que ele A própria riqueza natural do lugar sugeria uma implantação com mínimo impacto sobre o local preservado Claudio Libeskind e Sandra Llovet lhe proporciona. Para essas pessoas, passeios na mata, nadar no rio, andar de pés descalços e descer até a cachoeira são luxos imprescindíveis. Mas também é importante ter uma casa cúmplice desses desejos, que seja um verdadeiro observatório da bela paisagem. Esses eram os anseios do casal de moradores, com dois filhos, donos desta construção localizada em São Luís do Paraitinga, em São Paulo. Projetada em uma situação privilegiada, a residência encontra-se envolta pela mata atlântica, em uma clareira próxima ao rio Paraibuna. “A própria riqueza natural do lugar sugeria uma implantação com mínimo impacto sobre o local preservado”, relembram os arquitetos Claudio Libeskind e Sandra Llovet, do escritório LibeskindLlovet. Era preciso fazer da morada um verdadeiro observatório da natureza.

Visão de raio X

Projetada como se fosse um pavilhão de concreto aparente com extensos panos de vidro que separam a área livre da construída, a casa de veraneio foi resolvida em um único pavimento. Seu programa era simples: exigia uma área social fluida com salas, cozinha e terraços, além de quatro suítes. A morada de verão se desenvolve linearmente, com os ambientes dispostos de forma sequencial e abertos às belas vistas proporcionadas pelo terreno. À frente fica o lago; nos fundos, a mata atlântica.

Assim, é possível ver a paisagem não somente de dentro da casa, mas através da edificação. “É que os limites entre o interior e exterior são tênues, e até a sala estende-se sobre o deque de madeira, responsável por fazer a transição entre o ambiente interno e externo”, reflete Sandra Llovet.

A sala estende-se sobre o deque de madeira, responsável por fazer a transição entre o ambiente interno e o externo Foto: Alain Brugier

Estrutura mista

Simples, a estrutura mista divide-se entre as lajes e empenas laterais de concreto aparente e os É que os limites entre o interior e exterior são tênues, e até a sala estende-se sobre o deque de madeira, responsável por fazer a transição entre o ambiente interno e externo Sandra Llovet pilares metálicos, distribuídos ao longo da extensão longitudinal do pavilhão de 32,90 m. Nas salas constituídas de vãos maiores, delgadas colunas maciças de aço ficam aparentes, impondo de forma elegante o diâmetro de 10 cm. Nos quartos, os pilares metálicos de seção “T” ou “U” – que encaixam melhor dentro da parede – foram escondidos nas divisórias de drywall. Perpendicularmente ao pavilhão, projetou-se uma pérgula de madeira de, aproximadamente, 12,50 x 7,50 m sobre vigas metálicas com a função de proteger o acesso e a garagem. As vigas encostam levemente no talude, ao fundo, e na outra ponta estão atirantadas na laje, tirando partido da topografia do terreno.

Divisórias de drywall

No interior, as divisórias que compõem os módulos das suítes foram executadas em drywall – por placas de gesso pré-fabricadas e parafusadas em uma estrutura metálica leve. Claudio Libeskind explica que a escolha pelo material deve-se a fatores como rapidez de execução, controle de qualidade e limpeza da obra. O encontro com a estrutura de concreto dá-se por dilatações feitas com perfis “U” de alumínio, que arrematam os revestimentos. Para integrar – ou dividir –, sempre que for necessário, a sala de jantar à cozinha, os arquitetos lançaram mão de uma porta guilhotina, cujos contrapesos ficam embutidos no drywall. Ela se movimenta deslizando na vertical e poupando espaço no ambiente. As luminárias instaladas em trilhos embutidos na laje maciça de concreto destacam as obras de arte e, por reflexão, ainda iluminam o interior da casa.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2006
  • Conclusão da obra: 2007
  • Área do terreno: 800000 m²
  • Área construída: 450 m²

Ficha Técnica

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