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Complexo Elevador Rubem Braga

Complexo Elevador Rubem Braga
Complexo composto por duas torres – que abrigam dois elevadores panorâmicos – unidas por uma passarela, permite que as pessoas da comunidade do Morro Cantagalo tenham fácil acesso ao centro urbano e à Estação de Metrô. Imagens: Celso Brando
Complexo Elevador Rubem Braga
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Realidades integradas

Texto: Marina Cabral

No contraste entre a favela e a cidade, uma integração abre caminhos. Assim pode ser idealizada a construção do Complexo Elevador Rubem Braga, edificação que viabiliza o acesso dos moradores do morro Cantagalo até o bairro de Ipanema e a Estação de Metrô General Osório – por meio de elevadores panorâmicos e uma enorme passarela.

Utilizando uma estrutura simples, os arquitetos da JBMC Arquitetura e Urbanismo – escritórioA obra beneficia as pessoas que estavam impedidas de descer por diferentes motivos. Crianças que vão à escola, pessoas que precisam comprar suprimentos no dia a dia ou portadores de deficiências físicas João Batista Martinez Corrêa responsável pelo projeto básico de arquitetura – abriram espaço entre a metrópole e as comunidades de Cantagalo e Pavão-Pavãozinho com uma arquitetura harmoniosa e marcante. Para a arquiteta Beatriz Pimenta Corrêa a obra transformou a vida das pessoas. “Em contrapartida com a arquitetura do morro, o complexo fez a conexão simbólica de dois estratos sociais. Criamos uma passarela que une as duas cidades, que são distintas, mas convivem”, destaca.

De acordo com João Batista Martinez Corrêa, a obra é uma porta indispensável. “Ela beneficia as pessoas que antes estavam impedidas de descer por diferentes motivos. Crianças que vão à escola, pessoas que precisam comprar suprimentos no dia a dia ou portadores de deficiências físicas”, ressalta.

Considerando que as comunidades têm mais ou menos 27 mil pessoas, o número de viagens é constante. “No dia a dia é um sobe e desce que não para. Acredito que por semana passe uma média de quatro mil pessoas e, no final de semana, mais três mil. É um numero bastante significativo”, acrescenta Beatriz.

Prisma e passarela

Para o processo de implantação, a equipe buscou deslocar o mínimo de pessoas. Venceu o desafio no terreno exíguo e priorizou a preservação da estabilidade da encosta, reforçando-a com muros de contenção. “Já havia o projeto de contenção de encostas com muros de arrimo atirantados ao longo de todo o morro e sobravam poucos espaços para fazer a intervenção. A ideia foi criar um prisma, uma estrutura de concreto com três pontos de apoio interligados por tirantes metálicos”, explica Beatriz.

As torres foram erguidas com base triangular – como um ‘toblerone’ –, estrutura de concreto com três pontos de apoio interligados por tirantes metálicos e fechamento em vidro. Para conectá-las, uma passarela com apoio no centro foi projetada viabilizando o tráfego nas alturas. Além dos elevadores, escadas fixas metálicas também oferecem passagem e dão mais segurança em Acredito que por semana passe uma média de quatro mil pessoas e, no final de semana, mais três mil Beatriz Pimenta Corrêacaso de eventualidades.

Para proteger os usuários do complexo e aproveitar os recursos naturais, a passarela recebeu brises e telas metálicas. “Pelo fato de ser uma torre de elevador, já se cria um efeito de ventilação, com entrada de ar por baixo e saída por cima. O brise tem a função principal de evitar ofuscamento, além de ser uma pele de fechamento que respira”, ressalta Beatriz.

Montagem no local

Para facilitar a montagem, reduzir o tempo de obra e transtornos no local foram utilizadas estruturas metálicas pré-fabricadas. "As pontes de ligação já vinham em sessões e trechos grandes, e eram levantadas já montadas. Achamos mais econômico fazer os tubos em concreto”, aponta João. “Para vencer mais de setenta metros de vão de altura, tínhamos que pensar na rigidez e fazer um contraventamento nessa estrutura”, completa.

Elevadores panorâmicos

Com capacidade para 30 pessoas, os elevadores do edifício chamam a atenção não só pela estrutura. Ao subir, as pessoas podem desfrutar da exuberante vista do Rio de Janeiro através do vidro, escolhido justamente para evidenciá-la. “Tentamos aliar a eficiência do sistema construtivo com os elevadores panorâmicos substituindo os materiais. Em vez de ter um fundo opaco, escolhemos o vidro, que permite vislumbrar toda a orla, desde Copacabana até Ipanema e Leblon”. Tamanha a beleza a obra tornou-se símbolo e ponto turístico. “É bacana desde o início. Dá vontade de ir filmando passo a passo. Em cada patamar novo se vê uma parte da cidade enquanto o elevador sobe. A hora que chega lá em cima, a sensação é ótima. A vista do Rio é incrível”, enaltece Beatriz.

 

 

Escritório

  • Local: RJ, Brasil
  • Início do projeto: 2006
  • Conclusão da obra: 2010
  • Área do terreno: 1000 m²
  • Área construída: 3099 m²

Ficha Técnica

Fornecedores desta obra

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