Logo Construmarket
Banner

Casa EP

Casa EP
O processo construtivo da Casa EP foi desenvolvido por trabalhadores nativos e de tradições manuais. Imagens: Daniel Mansur
Casa EP
Casa EP
Casa EP
Casa EP
Casa EP
Casa EP
Casa EP
Casa EP
Casa EP

Estrutura nativa

Texto: Nuri Farias

Do alto de uma encosta do relevo montanhoso da cidade de Nova Lima, em Minas Gerais, é possível ver a estrutura de concreto da Casa EP em contraste com a natureza. O arquiteto Ulisses Morato talhou, junto com a plasticidade da volumetria, um melhor aproveitamento da topografia da região. “O grande desafio do projeto foi implantar a residência em um terreno com acentuada declividade, em torno de 30%. No entanto, o que era dificuldade tornou-se atrativo”, afirma.

O princípio de construção partiu da ruptura com a homogeneidade arquitetônica local. O mais curioso, e interessante, é o processo construtivo, que foi desenvolvido por trabalhadores nativos e de tradições manuais.

“Eles tocaram a obra valendo-se de tabeiras, prumos, linhas, mangueiras de nível, e outros instrumentos tradicionais. Nesse sentido, acredito, sinalizaram para a comunidade que a técnica e os materiais tradicionais também poderiam produzir uma arquitetura de linguagem e espaços, diferente dos padrões locais”, explica Ulisses.

Integração e interiores

Praticamente toda casa integra-se em primeiro plano à área de lazer, frontal; e em segundo, à vista natural. O layout e a planta possibilitam a proximidade com o meio ambiente, já que o vidro, predominante na fachada, abre espaço para uma vista generosa das paisagens do entorno.

O projeto de interiores tem como principais elementos a arquitetura e seus vazios. Assim a decoração tem menos peso do que as variantes espaciais do partido. Os materiais seguem a mesma linha básica dos utilizados no lado exterior: piso de marmorite, alvenarias pintadas, cerâmica e vidro.

Materiais

Foram escolhidos materiais especiais para cada área. “O revestimento que predomina nas paredes é a pintura acrílica, com exceção das áreas molhadas onde aplicamos cerâmicas e pastilhas. Nos pisos de áreas molhadas, o Porcellanato; no setor social, o marmorite; e nos quartos, o laminado de madeira”, conclui o arquiteto.

Construção econômica

A linguagem arrojada da construção mostra que com a especificação de materiais baseada no padrão médio de acabamento, definição de técnicas construtivas e equipamentos com disponibilidade local, com pouquíssimos recursos tecnológicos, é possível valorizar mutuamente a relação de integração entre a casa e a natureza.

Escritório

  • Local: MG, Brasil
  • Início do projeto: 2004
  • Conclusão da obra: 2005
  • Área do terreno: 1.000 m²
  • Área construída: 213 m²

Fornecedores desta obra

Veja outros projetos relacionados