Entre copas de árvores da Mata Atlântica repousa a Residência RLW, projetada pelo escritório Jacobsen Arquitetura. Localizada no topo de uma montanha, em um condomínio ecológico no Guarujá (SP), a casa foi posicionada no ponto mais alto do terreno, para que os moradores tivessem uma vista privilegiada do mar e da paisagem.
Quando se olha da rua, tem a visão de uma casa com apenas dois andares Paulo JacobsenJá na primeira visita ao local, os arquitetos Bernardo e Paulo Jacobsen perceberam que o grande desafio seria implantar a morada em uma área de preservação ambiental com aclive próximo a 45%.
Com a premissa de respeitar o entorno, os estudos para a construção começaram com maquetes físicas e virtuais da topografia dos 1.604 m² do lote. Ao mesmo tempo em que a dupla encaixou suavemente a casa na mata, criou uma volumetria radicalmente vertical em cinco pavimentos – quatro níveis e a cobertura – escalonados e independentes. Porém, de longe a sua altura não é percebida como um todo. “Quando se olha da rua, tem a visão de uma casa com apenas dois andares”, comenta Paulo.
O objetivo do projeto arquitetônico era a integração total da Residência RLW com a natureza e a criação de um clima descontraído. Os moradores queriam um projeto grande em termos de metragem – 913 m² –, mas com ambientes menores e aconchegantes dispostos pelos níveis.
Para isso, a disposição espacial e a elevação ao máximo possível da estrutura fizeram com que as áreas de estar e lazer fossem altas o suficiente para o contato visual com a praia.
A sala de estar e o lazer, com piscina, varanda e gourmet, foram feitos sob medida para receber os amigos. Além disso, foi criado um espelho d’água que reflete todo o exterior, deixando a atmosfera mais arborizada.
Já os níveis inferiores abrigam a área de serviço, infantil e suítes. “Trabalhamos como podíamos todo o desenho da casa. De certa forma, escalamos o terreno para que ela não virasse um prédio”, revela Bernardo.
Trabalhamos como podíamos todo o desenho da casa. De certa forma, escalamos o terreno para que ela não virasse um prédio Bernardo JacobsenA fachada é marcada por um volume sólido revestido de pedra bruta. Para dar transparência e integração aos ambientes, o projeto também contou com esquadrias de vidro e painéis vazados em madeira. Durante o dia, eles protegem dos raios solares e, à noite, proporcionam um belo efeito com a iluminação.
O pavimento intermediário é formado por pilares metálicos que sustentam o superior – terceiro andar –, onde estão os dormitórios. Esse pavimento constituiu um volume puro envolvido por painéis de madeira em balanço, sobre pilotis. Alguns banheiros têm uma porta camarão que se abre inteiramente para os quartos. Outros têm janela piso-teto no box, que fazem os moradores se sentir no meio da mata enquanto tomam banho.
Na área social, um grande beiral gera sombra para a sala de estar nas horas mais quentes do dia. O estar e jantar são totalmente interligados à varanda e ao gourmet, separados apenas por leves esquadrias de vidro.
Por fim, o último pavimento é uma área descoberta com deck de madeira que acomoda a sauna e a piscina de hidromassagem.
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