Planejada num terreno de 3.670 m² na cidade de Bragança Paulista (SP), a Residência OS é marcada por brises, beirais e amplas aberturas, tudo para que os proprietários tivessem contato direto com a natureza.
Tem sempre um jardim envolvendo tudo. Construímos pracinhas com as formas da casa que tem usos diversos: uma é para entrar através do jardim, a outra é para separar o social do privado e usar o jardim como algo mais íntimo etc. Paulo JacobsenSeu projeto arquitetônico foi assinado pelo escritório Jacobsen Arquitetura, que buscou inserir a estrutura na cota mais alta do lote. Além de permitir maior aproveitamento visual do entorno, o modo como o volume foi encaixado não interferiu nas construções vizinhas.
Quando vista de longe, a Residência OS dá a impressão de ser térrea, mas não é. O declive da topografia viabilizou a criação de uma área técnica no nível inferior, com garagem, casa do caseiro, ‘quarto de bagunça’ para as crianças e lavanderia.
Esse setor de serviço tem acesso direto à laje ajardinada, que foi implantada como cobertura para dar um ar de compartimento habitável, evitando problemas de ventilação e iluminação.
Os programas – social e íntimo – foram dispostos em dois pavilhões independentes da mesma largura, porém paralelos e dispostos de forma desalinhada no terreno. Os blocos são interligados por um espaço de circulação sobre um espelho d’água – que também é o hall de entrada da casa – fechado por vidros e painéis de madeira, criando uma conexão agradável pela passagem.
“No começo a entrada não era essa. Seria apenas um espaço de ligação, como se fosse uma ponte com jardins”, revela o arquiteto Bernardo Jacobsen. Mas, com a inserção do projeto de paisagismo – assinado por Isabel Duprat –, este se tornou um eixo forte da residência. O intuito era construir uma casa completamente transparente rodeada por jardins.
“Tem sempre um jardim envolvendo tudo. Construímos pracinhas com as formas da casa que tem usos diversos: uma é para entrar através do jardim, a outra é para separar o social do privado e usar o jardim como algo mais íntimo etc.”, conta o arquiteto Paulo Jacobsen.
O projeto de paisagismo foi importante para criar esses prismas externos diferenciados, ou seja, não há integração entre os jardins, são apenas pequenas partes com usos diversos.
O primeiro pavimento recebeu o setor social: salas de estar, jantar e televisão, cozinha e spa. Todas essas áreas foram abertas para a varanda contínua com melhor vista para o entorno, onde estão a piscina e o solário.
Esse posicionamento permitiu proteção dos raios solares da tarde. Com as salas voltadas para esse lado, os moradores podem apreciar o pôr do sol, e o mesmo vale para a piscina. Assim, os dormitórios ficaram na face leste e recebem apenas a insolação da manhã. “Essa foi uma preocupação que norteou bastante a colocação da casa no terreno e a criação dos jardins”, comenta Paulo.
O segundo pavilhão ficou disposto no fundo do lote, onde estão todas as suítes, tanto dos moradores quanto dos hóspedes. Como essas áreas estão voltadas para o sol nascente, receberam uma extensa varanda coberta que também age como beiral para as aberturas.
Por mais que o volume da Residência OS não interfira nas construções vizinhas, sua estrutura chama a atenção pelos diversos pórticos de madeira laminada que a envolvem em forma de ‘L’.
As vigas de madeira apoiam-se em uma peça metálica recuada e estão bem próximas umas da outras, com cerca de 40 cm de afastamento. Além disso, pequenos vidros foram encaixados nesses espaços, favorecendo a entrada de iluminação natural. O modo como foram dispostas auxiliou para que fossem criadas varandas cobertas e abertas pela residência para apreciação da natureza.
Casa Grelha, por FGMF Arquitetos
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