Implantada em um terreno poligonal de, aproximadamente, 8 mil m² com declive acentuado, a Residência GSM foi o primeiro projeto realizado pelos arquitetos do Jacobsen Arquitetura em San Sebastián, norte da Espanha.
Para este trabalho, a ideia foi conciliar as particularidades do terreno aos desejos do cliente – que priorizava o aproveitamento das melhores vistas do entorno. Outra prerrogativa era buscar a melhor orientação solar para cada ambiente, considerando que o clima temperado da região se caracteriza pela ocorrência de muita chuva e umidade e por temperaturas amenas no verão e no inverno.
Daí surgiu uma arquitetura topográfica que se integra à paisagem de forma respeitosa. A construção estabelece uma transição entre os dois planos criados no terreno. A entrada ocorre pelo nível mais elevado do lote, onde também foram alocados o escritório e as áreas privativas. Sob a proteção de um painel ripado de madeira, um corredor conecta o corpo principal da residência à suíte máster e ao quarto de hóspedes mais reservados. Em um volume externo no mesmo patamar encontra-se o acesso de automóveis, garagem e dependências de serviço.
Descendo alguns lances de escada, chega-se ao pavimento térreo, onde estão dispostas as áreas sociais. O restante do programa foi distribuído transversalmente ao eixo principal da residência. A leste, estão a sala de jantar e a cozinha. A oeste, encontra-se um spa com piscina coberta, academia, sauna e mais um quarto para visitas.
A integração da construção com o exterior é muito clara, mesmo com parte considerável dos ambientes implantada em volumes semienterrados. Muito disso se deve ao uso dos painéis de vidro que contornam o perímetro da edificação. Também contribuem para o resultado a especificação dos materiais e sua articulação com os elementos construtivos. Destaque para os muros de pedra em contraste com a esbelteza da laje de cobertura, bem como para os brises móveis com acabamento em madeira, que adicionam proteção aos ambientes e dinamismo à fachada. “A abordagem contextualista, privilegiando a adequabilidade da arquitetura às condições do lugar, contribui para a dissolução do edifício na paisagem. Tanto que, às vezes, a casa chega a ser confundida com uma construção de apenas um pavimento”, analisam Paulo e Bernardo Jacobsen.
O prolongamento dos generosos beirais permitiu enfatizar a horizontalidade almejada pelos arquitetos. Ele também cria um balanço generoso que projeta a residência em direção ao horizonte.
Veja outros projetos residenciais na Galeria da Arquitetura:
Casa B, por AR Arquitetos
Escritório
Termos mais buscados