Seguindo um conceito urbano, mas, ao mesmo tempo, com um toque aconchegante que remete ao interior, a Casa MLA foi projetada em 2014 pelos arquitetos Paulo Jacobsen e Bernardo Jacobsen, sócios no escritório Jacobsen Arquitetura, no bairro dos Jardins, em São Paulo (SP).
A casa foi implantada em um recuo, deixando um amplo espaço para o jardim, para o qual a área social e os dormitórios estão voltados Paulo Jacobsen e Bernardo JacobsenO destaque do projeto arquitetônico da residência é a área social. A pedido dos proprietários, que queriam receber confortavelmente os amigos, foi erguida uma bela sala de estar de pé-direito duplo.
O terreno de 1.370 m² foi preenchido por um único volume paralelo a uma das laterais, projetando uma vista limpa para as áreas verdejantes que rodeiam esse prisma e circundam toda a extensão do lote. “A casa foi implantada em um recuo, deixando um amplo espaço para o jardim, para o qual a área social e os dormitórios estão voltados”, mencionam os arquitetos.
Uma das dificuldades que precisou ser avaliada e aplicada de forma concisa, para que não interferisse na estrutura, foi a garantia de privacidade em uma residência ampla, aberta e conectada com o exterior. Entre as soluções adotadas pelo escritório estão, por exemplo, a piscina e a varanda dispostas no fundo do terreno, de modo a obter melhor insolação e discrição.
“Os dormitórios são voltados para o jardim lateral e dispõem de venezianas, que dão privacidade à área íntima”, revelam os sócios. “As venezianas de madeira, sem requadro aparente, foram desenvolvidas especialmente para a Casa MLA e, junto com o travertino, fecham o volume do pavimento superior, assegurando o recluso quando necessário e a abertura para o exterior quando desejado”, completam.
As salas de estar e de jantar estão centralizadas no volume principal, cortejadas por um marcante pé-direito duplo, apontado pelos arquitetos como o destaque do projeto. “O pé-direito duplo da sala de estar é cortado pela passarela que leva até os dormitórios, localizados no primeiro andar, nas duas pontas da casa. A forma como a área de estar fica integrada, tanto com o jardim externo como com o jardim interno sob a passarela, também é um diferencial”, ressaltam.
O projeto de interiores, desenvolvido pela designer Eza Viegas em parceria com o escritório Jacobsen Arquitetura, é totalmente integrado com a concepção arquitetônica.
O mobiliário é brasileiro, com peças de madeira e em tons terrosos assinadas pelos artistas Claudia Moreira Salles, Beth Fisher e Carlos Motta. Além disso, foi dada preferência a materiais naturais como linho, couro e palha.
As luminárias levam cor corten e, na varanda, filetes de luz fazem as vezes do ripado Paulo Jacobsen e Bernardo JacobsenOs sócios contam que era necessária, na sala de estar de pé-direito duplo, uma iluminação suficiente para a altura e que contemplasse, ao mesmo tempo, o piso e as paredes laterais revestidos em mármore travertino.
O projeto de iluminação, de autoria do Studio iluz, conta com luminárias decorativas, como pendentes na sala de jantar e luminárias no lavabo. “Outra necessidade foi a composição com o forro em ripado de madeira cumaru, grande destaque do projeto. Para isso, as luminárias levam cor corten e, na varanda, filetes de luz fazem as vezes do ripado”, conta a equipe.
No projeto paisagístico, assinado por Isabel Duprat, o destaque é a forma como o paisagismo se relaciona com o projeto arquitetônico, tanto nos jardins externos como nos jardins internos. “Parte do jardim externo está sobre a laje do subsolo. Mesmo assim, recorremos ao plantio de espécies de grande porte, que compõem o limite do terreno e dão privacidade para a casa”, concluem os arquitetos.
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