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Parque Alberto Simões

Parque Alberto Simões
Envolvido pela densa vegetação de pinheiros, novo parque em São José dos Campos (SP) oferece equipamentos para a prática de esportes radicais. Imagens: Maíra Acayaba
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Circuito radical

Texto: Thais Matuzaki

Desde setembro de 2016, a população de São José dos Campos (SP) pode desfrutar de mais um espaço de lazer e convivência. Mas, ao contrário dos três principais parques instalados na região – Santos Dumont, Vicentina Aranha e Parque da Cidade –, o Parque Alberto Simões (também conhecido como Parque Boa Vista) oferece uma variedade de atrações especialmente voltadas para a prática de esportes radicais. Com a coordenação geral do arquiteto Pedro Paes Lira e direção do arquiteto Eugénio Teixeira, ambos do escritório IDOM no Brasil, o projeto arquitetônico e paisagístico tira proveito dos 125 mil m² de terreno acidentado para oferecer ao público atividades de aventura como tirolesa, arvorismo e escalada, além de pistas de skate e BMX. Em meio a uma paisagem cercada por pinheiros, esses equipamentos são conectados por um circuito de caminhos e passarelas de estrutura metálica.

De acordo com a IDOM, a história do Parque Alberto Simões começou em 2011, a partir do Programa de Estruturação Urbana de São José dos Campos. A iniciativa, firmada entre a prefeitura e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), visava à melhoria do espaço urbano aliada à preservação ambiental. Naquele mesmo ano, o Governo Municipal abriu concorrência internacional para a elaboração do projeto de implantação do novo parque.

Sem interferir no terreno, o projeto se adapta à topografiaFoto: Maíra Acayaba

A topografia irregular, definida por um desnível de 40 metros entre a parte alta e baixa do lote, era uma das principais condicionantes do projeto. Além disso, deveriam ser preservadas a maciça vegetação de pinheiros do terreno, cada árvore tinha aproximadamente 5 m de altura, e a sede da Fazenda Boa Vista, construída no local há cerca de 70 anos.

Essas premissas levaram os arquitetos a criar um conceito baseado num circuito de atividades radicais que se moldam à topografia. Dessa maneira, o desenho circular funciona como uma “massa moldável”, que integra os distintos usos e espaços em diferentes cotas, assim como os inserem na bela paisagem do rio Paraíba do Sul.

Aventura

Ao longo do percurso configuram-se três espaços diferentes – estar, lazer e contemplação. Nas áreas cobertas, que são equipadas com bancos, as pessoas podem interagir ou apreciar a vista da cidade. Ao ar livre, também é possível relaxar nas praças que se formaram naturalmente com o desenho do terreno.

No entanto, o grande destaque do Parque Alberto Simões são os espaços destinados à prática de esportes radicais. Em meio à vasta mata nativa de pinheiros, o local acomoda um circuito de arvorismo, pista de mountain bike e skate, trilhas de caminhada, duas tirolesas e uma parede de escalada de 9 m de altura.

No ponto mais alto do terreno fica a antiga fazenda, que foi mantida e transformada num espaço cultural e educativo. Dali, os visitantes podem desfrutar da melhor vista do parque.

Grande parte dos elementos do projeto – equipamentos esportivos, coberturas e passarelas – foi confeccionada com estruturas metálicas pintadas na cor vermelha, criando um contraste com a abundante vegetação.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2012
  • Conclusão da obra: 2016
  • Área do terreno: 125000 m²
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