O Edifício Comercial de Atibaia, projetado pelo escritório paulistano GCP Arquitetos, apresenta uma tipologia contemporânea que tem como princípio a relação com a rua. Localizado em Atibaia, interior de São Paulo, o projeto, de iniciativa privada, tinha como proposta criar um marco na arquitetura local. “A intenção do cliente era oferecer ao mercado um produto inovador, funcional, sustentável e ainda dotado de estacionamento coberto, como alternativa aos imóveis do centro antigo da cidade”, conta Sérgio Coelho, sócio-diretor do escritório.
O profissional lembra que, se por um lado o design do Edifício Comercial de Atibaia apresenta soluções modernas, por outro, devido à limitação de recursos, ele tem um desfecho estrutural bastante simples e racionalizado, assim como outros elementos da construção.
Como o empreendimento tem como objetivo ser um marco no mercado local, o seu design valoriza soluções modernas. Por outro lado, devido a limitação de recursos, o desfecho estrutural é bastante simples e racionalizado, assim como outros elementos de construção.
O programa conta com dois edifícios paralelos de três andares, um volume de vidro ao fundo, que serve a uma loja, e um subsolo, destinado ao estacionamento e espaços técnicos. Nos dois edifícios estão localizadas salas comerciais moduladas, entre as quais encontra-se o cartório mais importante da região, acomodado ao fundo do pavimento térreo.
Uma praça semipública constantemente aberta para a calçada está integrada aos pilotis dos edifícios, estreitando a relação do programa com a rua. Ao fundo dessa praça interna há a loja principal, com a fachada transparente em vidro.
Os pavimentos de uso comercial têm a circulação de acesso na parte de trás dos blocos, valorizando a vista para a praça central.
“As áreas do Edifício Comercial de Atibaia apresentam grande flexibilidade de uso, podendo ser ocupadas por diversas configurações de metragens e diferentes empresas. O térreo, com áreas para cafés, restaurantes e lojas, gera a dinâmica do fluxo de pessoas no empreendimento”, relata Coelho.
Solução para o terreno
A garagem surgiu como solução para o terreno que está em declive a partir da rua. Ela está sob a praça e a locação dos blocos de escritório nas divisas laterais, liberando o meio do lote para a área de convívio e valorizando ainda a ventilação cruzada e a adequada proteção solar.
“O visual da chegada ao Edifício Comercial de Atibaia a partir da rua é bastante impactante, já que os dois volumes de prédio parecem estar 'flutuando' sobre os pilotis que os sustentam”, comenta o arquiteto.
A face frontal dos blocos é caracterizada por uma fachada constituída por uma pele dupla, formada por vidro, no lado interno. Já no lado externo, é constituída por brises soleil irregulares, oferecendo assim diferentes níveis de permeabilidade, uma vez que é introduzido um jogo de novos padrões.
As fachadas do Edifício Comercial de Atibaia têm basicamente duas soluções: as que estão voltadas para a rua recebem painéis cegos de concreto e brises, enquanto as internas são sombreadas por essa pele em brise soleil metálico. “A escolha da cor laranja para as fachadas contrasta com o concreto aparente e com a cor preta das estruturas metálicas auxiliares, mezaninos e escadas”, completa Coelho.
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