À frente do projeto da Escola de Música da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), o escritório Horizontes Arquitetura e Urbanismo desenvolveu uma arquitetura especial, que visou excelência acústica e a criação de agradáveis espaços de convívio.
O projeto enfrentou desafios didáticos e culturais, já que, além de atuar como uma escola de formação musical, o espaço oferece concertos para o público. O prédio conta com sala de concerto e recitais, salas de ensaios, salas de prática, além de estúdio de gravação, biblioteca e área administrativa.
Mais do que "caprichos" estéticos, a forma arquitetônica e organização dos espaços apresentados foram planejados para atender os desafios impostos pela necessidade de excelência acústica. Aqui, a questão define a forma e a proporção das salas, a setorização e as adjacências.
Neste sentido, era pouco desejável a existência de grandes aberturas nas salas de escuta sensível – salas de recitais, ensaio, treino e prática. A solução esteve no resultado volumétrico do edifício, que impõe uma prevalência de cheios sobre os vazios e utiliza os ângulos e os planos em balanço para gerar a ideia de movimento e ritmo.
As fachadas expressam movimento e dinâmica inerentes à criação musical. O volume resultante recebe um tratamento diferenciado numa espécie de envelope externo, com brises e placas metálicas texturizadas, paginação marcada por linhas verticais e um ar contemporâneo.
O conforto térmico também foi parte importante do projeto. As placas de alumínio externas, descoladas da alvenaria, permitem a circulação de ar entre a parede e o envelope, contribuindo para redução da temperatura interna.
Dentro do volume elementar, o grande vazio do pátio central cria uma chaminé capaz de canalizar a ventilação natural, auxiliando também para a iluminação e conexão visual entre os pavimentos.
No nível térreo, a entrada se mostra convidativa através de um grande foyer sombreado por elementos verticais que marcam a frente do prédio, fazendo a modulação da luz e a proteção do sol da tarde. A proposta dos arquitetos traz um hall de entrada principal totalmente aberto e livre para a transição de ambientes.
O afastamento frontal é tratado com um desenho topográfico, preservando ao máximo as árvores existentes, gerando rampas suaves, platôs, arquibancadas e um palco para eventos externos, ou seja, um grande espaço de convivência.
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