A necessidade de ampliar as instalações da antiga sede do escritório de advocacia G&VM Advogados, em Belo Horizonte, resultou em um projeto arquitetônico dinâmico e integrador, que satisfaz as atividades de trabalho. Com a dramaticidade da recepção, obtida pelos efeitos de iluminação, a implantação do novo espaço, concebido pelo escritório SITO Arquitetura, evolui a partir da ideia de diálogo e transparência.
O desafio consistia em seguir a proposta de permeabilidade entre os ambientes, desde que não impedisse a privacidade necessária em alguns locais, como nas salas de reunião, por exemplo.
“A opção por ocupar um amplo andar corrido foi uma das medidas adotadas para promover o contato direto entre a equipe e os diretores. A partir do uso de amplos painéis de vidro, com persianas reguláveis ou com películas opacas, é possível assegurar menor ou maior visualização de determinados ambientes”, relata a arquiteta Anna Ávilla.
Sob um efeito dramático, a impactante recepção é composta por elementos contrastantes – ora claros, ora escuros –, que se destacam ainda mais pela iluminação pontual e direcionada. Nesse sentido, os painéis em laca preta e o piso vinílico em tom de madeira escura, fazem contraponto ao balcão em claro e expressivo mármore veiado, cuja iluminação indireta proveniente da fenda no piso, gera a impressão de uma pedra emergindo do solo.
Já as divisórias de vidro, localizadas atrás do balcão, sustentam um grande volume de madeira, suspenso de tal modo que a leveza dos apoios causa a ilusão de que não existem. Esta ‘caixa’ recebe, de um lado, a logomarca da empresa; e do outro configura-se em um nicho para exposição de tombstones.
“Através destes vidros e da caixa, pode-se ver ao fundo as divisórias em vidro duplo com persianas reguláveis da sala de reunião principal – tratada internamente com painéis de madeira escura e mobiliário sóbrio”, detalha Ávila.
Também da recepção é possível avistar o amplo ambiente dos advogados, disposto em estações de trabalho integradas, devido à aplicação de uma película opaca, que cobre parcialmente as divisórias de vidro. No lado oposto, está o hall de circulação, definido pela presença de uma grande estante de livros posicionada no centro do espaço. “Esse objeto assume um importante papel compositivo, além de direcionar a circulação”, complementa a arquiteta.
A opção pelo uso de elementos transparentes, sobretudo o vidro, se justifica por permitir a fluidez da iluminação natural vinda das extremidades, que se espalha pelos espaços contíguos, contribuindo para o conforto e o uso racional de energia elétrica.
Para torná-lo acolhedor, os pisos são revestidos por carpete em placas e piso vinílico padrão madeira, reguados sobre o piso elevado; enquanto nas paredes figuram acabamentos em painéis de MDF amadeirado escuro.
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