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Haras Larissa

Haras Larissa
Conheça este projeto residencial implantado em um terreno de 2300 metros quadrados. Nele, dois pavilhões se encontram e formam um amplo pátio. Imagens: Pablo Casals
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Arquitetura ritmada

Texto: Naíza Ximenes

Que o ritmo é fundamental na música, na dança e nos esportes não é novidade. Mas você já ouvir falar em ritmo na arquitetura?

Repetição, sequência, modulação, escala e proporção — tanto em uma partitura quanto em uma construção, os conceitos formam verdadeiras obras de arte. Quando combinados, criam experiências auditivas ou visuais inovadoras.

Em Monte Mor, no interior de São Paulo, não foi diferente. Lá está localizado o Haras Larissa, projetado pelo escritório de arquitetura Gui Mattos e marcado pelo ritmo na junção de dois pavilhões, que dão o formato em “L” da residência.

Madeira em duas águas

Em um terreno predominantemente plano, de 2.300 metros quadrados, a morada é marcada pelo olhar para a natureza. Isso porque o lote em questão fica no final de uma rua e possui uma grande mata nativa ao fundo. Assim, considerando tanto a beleza da vegetação quanto a privacidade dos moradores, a área social acabou voltada para o pátio interno formado pelo “L”.

O projeto foi pensado para um casal com duas filhas, que tinha como prioridade a intimidade e a integração. Ao chegar no endereço, os moradores se deparam com uma pequena praça circular que dá acesso à casa, tanto pela garagem quanto pela porta principal. A primeira visão do Haras Larrisa é, no entanto, das “costas” da morada, sem muita visibilidade do interior.

Outro aspecto facilmente identificável na residência é a estrutura de madeira engenheirada, material utilizado com generosidade em toda a construção. É ele, inclusive, o responsável pela criação do ritmo no projeto, a começar pelo telhado. “A obrigatoriedade do uso do telhado inclinado foi um desafio, apesar de a estratégia de construí-lo em duas águas ser simples”, explica Gui Mattos.

Ritmo x arquitetura

O ritmo tem continuidade de acordo com a ala ou cômodo. Na ala privativa (com suítes, serviços e biblioteca), ele é mais marcante, uniforme e consistente, com poucos vãos, e, consequentemente, mais reservado. Isso porque as portas, vigas externas e brises têm distanciamentos de tamanhos iguais e um padrão de repetições constante e regular.

Por outro lado, na ala social (que ganhou área gourmet conectada à piscina, cozinha, sala de estar e sala de jantar), a madeira dita não só um ritmo mais descontraído, simples e despojado, como a permeabilidade de cada ambiente.

haras larissa

À esquerda, portas de vidro de correr transformam-se em brises

Partindo do último quarto, o morador passa pela sala de jantar e sala de estar, com grandes vãos e portas de vidro de correr, integrados à área externa. Em seguida, os caixilhos em madeira das portas transformam-se em brises, dando mais privacidade a um espaço de convivência organizado por quatro poltronas.

Por fim, no extremo desta ala, as portas de vidro de correr voltam a integrar (ou separar) área gourmet e cozinha do jardim. É essa abertura, também, que conecta cozinha e piscina por meio de uma passarela.

Todo o conceito é definido por uma paleta de cores neutra e sólida e um equilíbrio entre madeira — de aspecto mais quente, que proporciona aconchego — e concreto — mais frio e prático.

A flexibilidade na volumetria permitiu a criação de um mezanino, que foi adaptado para a leitura e para a música, e a otimização do projeto em aspectos térmicos (com bastante iluminação natural e frescor nas áreas internas) e de ventilação, cruzada em todos os ambientes.

Veja outros projetos na Galeria da Arquitetura:

Casa Luar, por Felipe Caboclo Arquitetura
NY, 205, por Hype Studio Arquitetura
Anexo Costa Esmeralda, por Siqueira + Azul Arquitetura

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2019
  • Conclusão da obra: 2022
  • Área do terreno: 2300 m²
  • Área construída: 738 m²

Ficha Técnica

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