Em um lote de 5 x 35 m², a Casa Havaí se desenvolve de forma naturalmente linear seguindo as dimensões e as altas empenas laterais de seus vizinhos. A obra é assinada pelo Grupo Garoa em parceria com o arquiteto e professor universitário Chico Barros.
A robustez e impermeabilidade da fachada frontal não dão sinais da atmosfera viva que caracteriza a morada. Com exceção do quarto da frente, todos os ambientes se voltam para os pátios – um coberto e um descoberto.
O descoberto é tomado pelo jardim e pelo gramado. Já o interno é onde áreas como sala, jantar e cozinha se estabelecem. Sua cobertura deixa faixas de vidro por onde entra luz em abundância. O elemento também faz com que a passagem do tempo fique explícita, condicionando a iluminação às nuances externas do clima. As projeções de luz e sombra nas paredes variam de intensidade e forma, de acordo com sua inclinação do sol.
Entre os pátios, se intercalam no pavimento superior três blocos de alvenaria estrutural que abrigam os quartos. Tais cômodos são conectados longitudinalmente por uma extensa passarela. Ela, assim como o telhado, não encosta nas paredes lindeiras da casa e é estreita. Na área coberta, ela se expande e abre espaço a um mezanino com sala íntima. A estrutura fica sob a cozinha, o coração da casa que está aberto para o jantar e para o estar – ambientes conectados pelo piso de ladrilho hidráulico verde.
A estrutura geral foi construída em alvenaria armada, sendo a passarela e a cobertura tipo duas águas feitas de estrutura metálica. Moldadas in loco, as lajes são estrategicamente invertidas para facilitar a distribuição da instalação hidráulica que, diferente da elétrica, não tem as tubulações aparentes.
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