Fachadas prismáticas e simples, e a inusitada forma de trapézio invertido do edifício, localizado na Avenida Faria Lima – centro financeiro de São Paulo – destacam-se e remetem a um diamante lapidado. De acordo com José Takigawa Godoy, arquiteto do escritório KOM Arquitetura e Planejamento, o design ousado foi inicialmente motivado por questões legais como recuos, gabaritos e projeção de área permitida, que difere nas duas zonas de uso em que o terreno está situado. “O resultado é a criação de um prédio que chama a atenção por sua volumetria que difere do comum”, acrescenta o profissional.
Além da volumetria e da estrutura da obra, destaca-se, também, o grande térreo projetado sob O resultado é a criação de um prédio que chama a atenção por sua volumetria que difere do comum José Takigawa Godoy pilotis, com exceção dos dois lobbies. Nesse pavimento, a integração entre a praça pública e o edifício permite uma rara conexão visual e espacial entre a frente, as laterais e a parte posterior do prédio.
No espaço de convivência contemplativo, são 5,5 mil m² de área verde exclusiva adicionada à metrópole, com espelhos d'água. A presença da natureza cria uma simbiose entre cidade e empreendimento; “e ambos ganham com isso”, reflete José Takigawa.
Com cinco andares de escritórios, a área total do edifício soma mais de 10 mil m². São 45,8 mil m² de construção, com lajes entre 3,7 e 5 mil m². As inclinações, os recortes assimétricos e os enormes vãos livres unem os interiores ao mesmo tempo em que valorizam o paisagismo integrado ao cenário urbano.
O vidro – que predomina nas fachadas – foi escolhido por sua beleza e nobreza, além das questões funcionais proporcionadas, tais como o controle de luminosidade e calor e a facilidade na manutenção e limpeza. Com estrutura metálica e em concreto, as vigas e lajes protendidas têm vãos livres de até 20 x 40 m em andares tipo. Na cobertura do edifício, três treliças metálicas ancoram terraços e áreas do pavimento inferior. “Essa ancoragem é importante porque elimina colunas que teriam projeção na área da praça do térreo”, explica José Takigawa.
A construção do Faria Lima 3500 segue premissas do Green Building Council e almeja alcançar as Essa ancoragem é importante porque elimina colunas que teriam projeção na área da praça do térreo” José Takigawa Godoy certificações LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedidas a empreendimentos sustentáveis e com alto grau de segurança. Exemplo disso é a preocupação com a acessibilidade ao dispor de elevador de emergência, mesmo não sendo obrigatório para um edifício de tal altura.
Outros cuidados na construção são o uso de vidros com alto índice de refletância e absorção de calor; o reuso de água, que reduz o consumo; e o telhado verde – ideal para a captação da água de chuva e seu reaproveitamento. A solução também promoverá a melhoria térmica no interior da edificação, mantendo a umidade relativa do ar constante e agradável. Também está previsto um bicicletário.
Com três subsolos de estacionamento e, aproximadamente, 600 vagas o Faria Lima 3500 foi projetado no formato build-to-suit – em português, ‘construído para servir’ –, sob medida para atender as necessidades do futuro usuário. O empreendimento será locado por uma instituição financeira durante dez anos e está inserido no metro quadrado mais disputado do mercado paulistano. O edifício corporativo ganhou o Prêmio Master Imobiliário 2013 na categoria ‘Profissionais – Soluções Arquitetônicas’, com o tema ‘A Beleza da Forma’.
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