Formas geométricas simples, diferentes tipos de revestimentos e cores são as características que marcam o Edifício Sabará, projetado pelo escritório Tree Arquitetura. Localizado em Higienópolis, São Paulo, o prédio utiliza muitos elementos do modernismo paulistano. “Nosso primeiro objetivo era usar ao máximo, em toda a construção, a iluminação e a ventilação natural. Além disso era importante não fechar a área interna do edifício, e sim abri-la para a rua”, comenta a arquiteta Diana Albuquerque.
A permeabilidade do térreo e a conversa do edifício com o entorno constituem pontos importantes para a concepção do projeto. A dificuldade maior para os arquitetos foi o terreno, que é comprido e fino, tornando mais difícil a busca de ventilação e permeabilidade. Para isso, eles utilizaram elementos vazados, terraços e jardins suspensos e até subterrâneos.
Um dos diferenciais do projeto é a geometria de elementos horizontais e verticais presentes na estrutura da fachada, que deixa a construção especial e única. “Outro destaque são os estudos dos azulejos portugueses e os elementos vazados árabes, também muito utilizados na arquitetura moderna paulistana”, conta Diana Albuquerque.
O prédio é bastante ventilado e extremamente iluminado. Sendo um edifício comercial, houve uma preocupação em projetar ambientes agradáveis para quem passa o dia no escritório.
Diana conta que os materiais frequentemente usados na arquitetura moderna paulistana, assim como na arquitetura moderna de outros países com clima quente, foram alvo de estudo dos arquitetos do escritório Tree Arquitetura. “A finalidade era obter ventilação e iluminação natural com elementos vazados, pastilhas e azulejos. Além da utilização de elementos visíveis nessa escola, como pilotis, térreo permeável, terraço-jardim, janelas horizontais, planta livre e geometria, fundamentais para ter um edifício limpo e funcional”.
Os espaços foram criados para ser o mais flexível possível. A parte elétrica, hidráulica, de telefonia, lógica e automação escondem-se por baixo do piso elevado, para facilitar a troca de layout, de acordo com as novas funções e necessidades dos usuários.
Além disso, os andares são circundados por esquadrias que favorecem a ventilação cruzada, dispensando o uso de ar condicionado. “Alguns pavimentos possuem jardins em seus terraços. Já o térreo semiaberto tem a lateral inteira coberta de elementos vazados que propiciam a ventilação e iluminação natural. A lateral oposta também é favorecida pela luz e, nos fundos, onde fica a garagem, há um jardim com árvores da altura do edifício”, relata a arquiteta.
O edifício possui pequenos áreas verdes entre os pavimentos. Nos terraços e no subsolo, prevalecem jardins verticais. “Construímos uma área permeável com palmeiras e outros tipos de plantas logo na entrada do prédio. O nosso objetivo foi pensar na cidade como um todo e descobrir como implantar essa conscientização na vida das pessoas”, explica a arquiteta Diana Albuquerque.
Escritório
Termos mais buscados