Texto: Naíza Ximenes
Situada em um condomínio no interior de São Paulo, a casa LSK Baronesa foi projetada pelo escritório Gálvez & Márton Arquitetura e ocupa um terreno triangular de 2.400 metros quadrados, marcado por vistas deslumbrantes para o pôr do sol e para uma área de preservação permanente.
A implantação estratégica no ponto mais alto do terreno considerou tanto a topografia quanto a incidência solar, garantindo não só uma integração perfeita com o entorno, como também as melhores vistas da natureza.
Foi pensando nisso que os arquitetos optaram por projetar a estrutura principal da casa em “J”. Desta forma, a piscina e parte da área de lazer ficam ao centro, e tanto a área social quanto a área privativa têm visão direta para o ambiente.
O bloco de entrada é definido por um grande vão, de dimensões generosas, que distribui os cômodos pelo corredor. Logo na entrada, fica evidente a preferência dos arquitetos por materiais naturais que criam um cenário sofisticado, ainda que rústico.
Isso porque a parede externa é dividida entre pedras naturais e uma alvenaria que se integra harmoniosamente ao paisagismo do jardim. Todos os revestimentos são de cores claras e neutras, para não tirar o foco do verdadeiro destaque da fachada: o muxarabi metálico que contorna todo o primeiro pavimento.
No hall de entrada, os revestimentos se repetem: a parede é ora de pedras, ora de alvenaria; o piso é de mosaico português; a cobertura do hall também é de muxarabi; o forro do teto é de madeira ripada e a porta é de madeira, com uma grande folha de vidro na lateral.
Uma vez dentro da casa, o morador tem duas opções: acessar uma das quatro suítes à direita da entrada — em um corredor marcado por panos de vidro que garantem a entrada generosa de luz natural — ou acessar a área social, à esquerda da entrada. No corredor, há, ainda, uma escada que leva ao pavimento superior.
Passadas as quatro suítes, o primeiro cômodo de uso geral da casa é a sala de TV, que ganhou uma característica pertencente a todos os ambientes do projeto: o uso descomedido da madeira. Assim como na brinquedoteca ao lado, o home theater tem paredes revestidas por grandes placas de madeira, móveis em madeira, um grande teto de madeira ripada e janelas de vidro de correr, com caixilharia em madeira.
É nesse ponto que a estrutura da casa ganha uma angulação de 90º e segue no sentido perpendicular ao primeiro bloco. O corredor termina com uma abertura generosa para a sala de estar, que ganhou um design igualmente neutro e sofisticado. O marrom da madeira ripada no forro do teto e o branco do sofá são contrapostos pelas poltronas de cor vinho e almofadas coloridas, dando um toque vibrante ao design.
Atrás do sofá, fica a sala de jantar, que ganhou mobiliário inteiramente de madeira. À direita, fica o acesso ao jardim e à piscina. À esquerda, o acesso ao corredor interno e cozinha. Todo o espaço é contornado por portas de vidro de correr que integram os ambientes.
Há uma passagem da sala de jantar para a cozinha — cujo destaque é a parede de pedras naturais — e, em seguida, para a área gourmet, onde sofás e poltronas preenchem o espaço contornado por brises verticais pivotantes. Eles também são de madeira ripada e controlam a entrada de luz solar, além de criar todo um dinamismo no ambiente.
A piscina, no centro do projeto, delimita o gramado plano e marca o fim do muro de pedra que se estende em três níveis até a rua abaixo. No pavimento superior, com vistas panorâmicas para o jardim interno e a piscina, a residência oferece um refúgio luxuoso às duas outras suítes. A suíte master foi estrategicamente posicionada para garantir vista privilegiada para a capela do condomínio.
A casa se integra perfeitamente à paisagem através da combinação de pedra, madeira, vidro e muxarabis. Essa integração fluida cria uma atmosfera de serenidade e conexão com a natureza em todos os ambientes da residência.
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