A volumetria longilínea é um dos aspectos que mais chama a atenção no projeto da Residência Cauã, idealizada pelo escritório Freire Cabó Engenharia e Arquitetura. A característica é resultado do desejo dos moradores por uma arquitetura contemporânea com visual imponente e interior amplo e aconchegante.
Com mais de 1.100 m² de área construída, a morada tem seus ambientes envolvidos por uma caixa branca de concreto, emoldurada com esquadrias de vidros que possibilitam a permeabilidade, ao mesmo tempo que conferem privacidade aos cômodos.
“A horizontalidade da Residência Cauã desenha a silhueta da sua paisagem de entorno, com uma volumetria pura, minimalista e elegante que abraça quem a vê. A funcionalidade é produtora da composição espacial fluida, marcada pela iluminação natural abundante que corre à medida em que os espaços estão posicionados”, conta os arquitetos da equipe de projeto. A morada está situada em Alto Santo, no Ceará.
Para proporcionar espaços fluidos e funcionais, os arquitetos idealizaram três volumes principais. O eixo maior é conectado ao volume secundário, permitindo a combinação dos espaços íntimos com a zona social.
Já o terceiro acomoda a área de serviços e áreas diversas, como a brinquedoteca, o escritório, a academia, o quarto de serviço, a casa de máquinas e o depósito.
Percorrendo toda a lateral do terreno, o volume íntimo abriga quatros suítes, marcadas pelas esquadrias posicionadas a face sul, que enquadram o cenário da área de lazer e jardins. O acesso para esses cômodos se dá através de um corredor translúcido e ao mesmo tempo sombreado.
As salas e as áreas de convívio estão no volume intermediário destacado pela cobertura metálica preta, que se sustenta por meio de pilares de sessão circular distribuídos em forma de “v”. A parte dos serviços é orientada pela linearidade a face oeste.
O exterior da morada enaltece a mescla dos materiais – concreto em acabamento branco, panos e esquadrias de vidro transparente, brises em alumínio amadeirado, estrutura metálica preta no telhado central, pedra natural preta e pedra hijau na área de lazer.
Esses elementos configuram a edificação visualmente homogênea, em que o vidro, a partir dessas definições e das necessidades impostas pelos clientes, sugerem novas formas de leitura espacial.
A sala de estar e a área gourmet se estendem até a piscina, potencializando a conexão entre os ambientes, conectando os usuários em um espaço convidativo e cenográfico: a área de lazer com piscina infantil e adulta e um deck coberto e circundado por um extenso espaço d’água.
O exterior direciona seu potencial aos enquadramentos internos, que são compostos por acabamentos modernos, cores claras em contraste com painéis amadeirados, pedras, peças pretas, pisos contínuos e peças mobiliárias que se conectam com a materialização da arquitetura.
“É, portanto, uma casa que conecta os moradores entre si e com a paisagem preexistente, além da conexão com as cenas visuais criadas nesse projeto”, finaliza a equipe.
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