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Residência Cauã

Residência Cauã
O grande diferencial da Residência Cauã é a horizontalidade que se liga à natureza do entorno, criando ambientes fluidos, permeáveis e funcionais. O projeto combina a volumetria brutalista em concreto aparente com o vidro, a madeira e o aço. Imagens: Felipe Petrovsky
Residência Cauã
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Volumetria longilínea

Texto: Vitória Oliveira

A volumetria longilínea é um dos aspectos que mais chama a atenção no projeto da Residência Cauã, idealizada pelo escritório Freire Cabó Engenharia e Arquitetura. A característica é resultado do desejo dos moradores por uma arquitetura contemporânea com visual imponente e interior amplo e aconchegante.

Com mais de 1.100 m² de área construída, a morada tem seus ambientes envolvidos por uma caixa branca de concreto, emoldurada com esquadrias de vidros que possibilitam a permeabilidade, ao mesmo tempo que conferem privacidade aos cômodos.

“A horizontalidade da Residência Cauã desenha a silhueta da sua paisagem de entorno, com uma volumetria pura, minimalista e elegante que abraça quem a vê. A funcionalidade é produtora da composição espacial fluida, marcada pela iluminação natural abundante que corre à medida em que os espaços estão posicionados”, conta os arquitetos da equipe de projeto. A morada está situada em Alto Santo, no Ceará.

Orientação vertical

Para proporcionar espaços fluidos e funcionais, os arquitetos idealizaram três volumes principais. O eixo maior é conectado ao volume secundário, permitindo a combinação dos espaços íntimos com a zona social.

Já o terceiro acomoda a área de serviços e áreas diversas, como a brinquedoteca, o escritório, a academia, o quarto de serviço, a casa de máquinas e o depósito.

Percorrendo toda a lateral do terreno, o volume íntimo abriga quatros suítes, marcadas pelas esquadrias posicionadas a face sul, que enquadram o cenário da área de lazer e jardins. O acesso para esses cômodos se dá através de um corredor translúcido e ao mesmo tempo sombreado.

As salas e as áreas de convívio estão no volume intermediário destacado pela cobertura metálica preta, que se sustenta por meio de pilares de sessão circular distribuídos em forma de “v”. A parte dos serviços é orientada pela linearidade a face oeste.

A piscina foi idealizada no centro do projeto, para que os ambientes abraçassem a área de lazer Foto: Felipe Petrovsky 

O exterior da morada enaltece a mescla dos materiais – concreto em acabamento branco, panos e esquadrias de vidro transparente, brises em alumínio amadeirado, estrutura metálica preta no telhado central, pedra natural preta e pedra hijau na área de lazer.

Esses elementos configuram a edificação visualmente homogênea, em que o vidro, a partir dessas definições e das necessidades impostas pelos clientes, sugerem novas formas de leitura espacial.

A sala de estar e a área gourmet se estendem até a piscina, potencializando a conexão entre os ambientes, conectando os usuários em um espaço convidativo e cenográfico: a área de lazer com piscina infantil e adulta e um deck coberto e circundado por um extenso espaço d’água.

O exterior direciona seu potencial aos enquadramentos internos, que são compostos por acabamentos modernos, cores claras em contraste com painéis amadeirados, pedras, peças pretas, pisos contínuos e peças mobiliárias que se conectam com a materialização da arquitetura.

“É, portanto, uma casa que conecta os moradores entre si e com a paisagem preexistente, além da conexão com as cenas visuais criadas nesse projeto”, finaliza a equipe.

Veja outras residências na Galeria da Arquitetura:

Casa Jaraguá, por Fernanda Marques Arquitetos Associados

Casa MS, por Studio Arthur Casas

Casa Marquise, por FGMF Arquitetos

Escritório

  • Local: CE, Brasil
  • Início do projeto: 2021
  • Conclusão da obra: 2022
  • Área do terreno: 5.000 m²
  • Área construída: 1.107 m²

Ficha Técnica

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