Uma startup com proposta de trabalho híbrido, um espaço que não possui uma rotina diária obrigatória, mas se estabelece fisicamente como convite ao convívio e ao encontro. A sede da Legiti não foi pensada apenas para usos específicos e definidos, conhecidos em um cenário pré pandêmico, mas para permitir muitas apropriações possíveis, um espaço para o futuro, como ele for.
O layout faz do escritório um local de encontro. Na distribuição espacial as salas de reunião estão localizadas na área mais privadas da laje, com tratamento acústico e suporte para conferências remotas. Permitindo que o restante do espaço funcione de forma integrada e fluida, sem barreiras físicas e algumas possíveis setorizações feitas por cortinas.
Os postos fixos de trabalho atendem sua função inicial de conforto e ergonomia, mas trazem em seu desenho o potencial diálogo entre pessoas e equipes, com mesas que nascem de um eixo central e criam dinâmicas próprias. Através do tampo translucido, se abre a possibilidade de guardar os objetos pessoais no nível abaixo da mesa, além de ser possível escrever no próprio tampo de vidro, prática comum na empresa.
O centro da planta abriga uma arquibancada multifuncional, pensada para eventos e pequenas reuniões, tem o suporte de um telão para apresentações, mas convida a muitos outros usos. O jogo de alturas da arquibancada permite que seu uso como bancada para postos extras de trabalho e ainda abriga, espelhada a ela, cabines telefônicas com privacidade. Esse conjunto representa uma transição dos espaços fixos e rígidos de trabalho, para opções mais flexíveis e descontraídas, onde os usos não estão dados, mais uma vez, estão abertos a apropriação.
As varandas, terraços e salas laterais, são áreas ainda mais fluidas. Espaços para almoço, mesas ao ar livre, sala de jogos e sala de descanso, para serem usadas com essas funções ou outras ainda, com a essência e personalidade da Legiti, em busca de um futuro mais acolhedor em ambientes corporativos. A especificação e escolha de materiais partiu da essência de simplicidade e sustentabilidade da empresa. Busca aproveitar o existente e pensar o novo com consciência, de forma funcional e com custos coerentes.
A laje em concreto do edifício e toda a base projetada por Gui Mattos permanece em seu estado natural e toda a iluminação é feita com eletrocalhas soltas do teto, pintadas em laranja; a cor da empresa. Os carpetes são uma solução para melhorar a acústica do espaço aberto e integrado, e a marcenaria é muitas vezes executada em placas de madeira compensada pintadas. Trazendo em cada elemento função e identidade para o espaço.
Todos os elementos espaciais (mesas, arquibancadas, bancos, cabines etc.) foram desenhados pela Flipê com o objetivo de otimizar espaço e investimento. Além deles alguns mobiliários complementares acontecem de forma pontual, como na recepção, que não tem uma demanda de espera ou atendimento e abriga lockes, para uso descontraído dos visitantes e funcionários, que ocupam postos de trabalho compartilhados, mas tem onde deixar seus pertences pessoais.
Como parte da personalização do projeto, temos mobiliários desenhados especialmente para a empresa, desenvolvidos pela equipe de design da Flipê, em uma linha exclusiva, composta por duas peças, que leva o nome da startup; Cadeira e poltrona Legiti.
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