A convite dos moradores da Casa Tangará, o time do FGMF Arquitetos pensou na liberdade da área lateral do terreno – de 442 m² – para a implantação de uma área de lazer composta por uma piscina que se estende à paisagem local.
Situada no bairro litorâneo de Riviera de São Lourenço (SP), a morada foi posicionada com os ambientes estendidos ao verde que abraça o projeto.
Com planta bastante funcional, a residência tem o térreo segmentado por empenas de concreto e painéis de vidro que permitem a interligação total entre os ambientes internos e externos – que são características das casas de veraneio.
A concepção partiu da ideia de uma arquitetura com linguagem contemporânea e que busca integração total com a natureza. Para isso, foram propostas quatro grandes empenas de concreto paginado com aberturas estrategicamente posicionadas com o objetivo de integrar os espaços e, ao mesmo tempo, dividir o terreno em algumas porções, passando a impressão de que a casa é maior do que realmente é.
A primeira empena divide a casa da parte externa do terreno; a segunda – totalmente aberta – segmenta a sala de estar ao centro do projeto e a varanda; a terceira separa a varanda da área de serviços e do lavabo; e a quarta marca o término da residência e o começo do espaço gourmet e da sauna.
Essas empenas de concreto aparente dão um ritmo impactante ao projeto, modificam a espacialidade para o visitante e são os principais elementos estruturais da construção que sustentam o pavimento superior.
O contraste entre as empenas de concreto e a longa estrutura metálica do primeiro pavimento, bem como a grande varanda com pé-direito duplo são os principais elementos de destaque do projeto. Diferente do que, comumente, é projetado para residências – onde a varanda fica diretamente ao lado dos ambientes e ao longo da construção –, na Casa Tangará, o escritório propôs uma subversão na organização tradicional do programa: a varanda está no centro do projeto e é o elemento de ligação entre sala e cozinha, interior e exterior e pavimentos inferior e superior.
Pensada para proporcionar maior fluidez espacial, a morada está organizada em dois pavimentos: térreo e primeiro andar. No primeiro pavimento, está a área social, o quarto dos hóspedes, área de serviços, espaço gourmet, sauna, varanda com pé-direito duplo, piscina e a garagem.
E o segundo pavimento, se situam três suítes standard e uma máster com terraço privativo.
Os materiais foram explorados em sua aparência mais natural, como o concreto aparente, a madeira e as pedras naturais, acentuando a intenção de conexão entre o elemento construído e o entorno natural.
O projeto luminotécnico da residência também foi realizado pelo escritório. De forma geral, foram evitadas interferências na arquitetura e, para tanto, foram usadas lâmpadas de led embutidas nos forros. Também foi proposta uma iluminação específica para o destaque das empenas de concreto, do jardim e da piscina.
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