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Casa Jaraguá

Casa Jaraguá
A arquitetura da Casa Jaraguá garante a paisagem exuberante do entorno por meio da criação de extensos terraços, de uma ponta a outra, em dois andares da construção. Imagens: Fernando Guerra
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Implantação calculada

Texto: Gabrielle Victoriano

Segundo a arquiteta Fernanda Marques, autora do projeto arquitetônico da Casa Jaraguá, essa imponente residência localizada em Alphaville, nos arredores de São Paulo, tem uma história peculiar. Ela conta que, quando os clientes adquiriram a residência, a construção já havia sido iniciada e suas fundações estavam todas lançadas, concretadas e prontas. “A maquete ostentava um estilo normando, que destoava totalmente da arquitetura contemporânea desejada pelos proprietários – um jovem casal de empresários com dois filhos”, explica.

O grande desafio do escritório Fernanda Marques Arquitetos Associados foi, então, transformar aquelas estruturas existentes, reaproveitando-as em um projeto capaz de abrigar o programa dos moradores. “Conduzimos a arquitetura e interiores da Casa Jaraguá para uma construção na qual a sensação de amplitude se manifestasse contínua e permanentemente”, conta Marques.

Hoje, a confortável habitação de 1.200 m² e linhas contemporâneas tem três pavimentos e farta distribuição de terraços por toda a extensão dos andares superior e inferior. Os pavimentos aproveitam a vista que se descortina a partir da colina onde o imóvel está implantado.

Programa valoriza amplitude

A estética farta da arquitetura exterior da Casa Jaraguá se reproduz no interior da construção, que esbanja espaços amplos e desenvolvidos em continuidade, sem divisórias. No andar térreo, concentram-se living, sala de lareira, sala de jantar, home theater e sala de almoço, além de escritório, cozinha e adega desenvolvida com climatização diferenciada, na qual os compartimentos possuem diferentes temperaturas.

“Superagradável, a cozinha é completamente aberta para uma área ajardinada, com uma jabuticabeira e parte de uma horta. Esse terraço também acomoda lounge e churrasqueira com fornos de pizza, para receber a família e os amigos nos fins de semana", cita a arquiteta. O pavimento ainda abriga chapelaria, lavabos e dependência de empregados. Na área de lazer, o destaque é a ampla piscina, que se abre para o terraço frontal.

O andar superior é inteiramente reservado para a área íntima da casa, composta de suítes interligadas a terraços e sala íntima. Uma passarela de madeira une os quartos de hóspedes ao do casal. Ao caminhar por este acesso, avista-se a maravilhosa paisagem do skyline de São Paulo. Já no piso inferior ficam a garagem, o depósito e uma pequena oficina.

Design contemporâneo

Os terraços presentes em dois pavimentos se estendem de uma ponta a outra da casa Foto: Fernando Guerra

Arte e design se completam na decoração de interiores, compondo ambientes descontraídos e, ao mesmo tempo, sofisticados. Além das criações assinadas pela arquiteta Fernanda Marques, como os bancos em aço inoxidável, objetos de renomadas grifes internacionais decoram a Casa Jaraguá.

Luz natural e eficiência energética

Todos os espaços – o living, em especial, cuja altura é dupla – exibem um pé-direito ampliado que é um dos maiores atrativos do projeto. O recurso favorece a iluminação natural presente indiretamente em todos os espaços. São reflexões muito específicas de luz, derivadas do formato da construção e das soluções de projeto. Um exemplo disso são as fachadas equipadas com brises de alumínio em linha contínua. Outra solução são os terraços de uma ponta a outra, que trazem luz natural para a área social. "É uma claridade bem gostosa, que reflete no piso de limestone parecendo uma seda", conta Marques.

Estanqueidade e materiais

Outro facilitador das excelentes condições de luminosidade da Casa Jaraguá são os revestimentos externos e internos que refletem facilmente a luz. A escolha privilegiou tonalidades neutras, com destaque para o branco e areia, presentes no limestone e na pedra calcária dos pisos, na pintura acrílica das paredes e nos painéis de madeira com lâmina de nogueira. O contraste fica por conta do tom azul-anil profundo da piscina. "Mas tudo na medida certa, sem produzir grandes rupturas", descreve Fernanda.

Por estar no topo de uma pequena montanha, a morada exigiu alguns cuidados especiais. Segundo a arquiteta, foi preciso controlar o excesso de vento, com maior estanqueidade dos caixilhos da sala. “Não pela questão da água, porque eles estão protegidos pelos terraços, mas pelo vento, que ali é impiedoso”, conclui.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2010
  • Conclusão da obra: 2012
  • Área construída: 1.200 m²

Ficha Técnica

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