Não é exagero afirmar que o Monte Carlo tornou-se uma das construções icônicas da grande Belo Horizonte. Afinal, aquele insinuante condomínio residencial complementa a paisagem para o Conjunto Urbano Tombado da Praça da Liberdade. Um edifício projetado de acordo com as restrições da histórica região, uma vez que sua altimetria não poderia ultrapassar os 10 metros. E, de certa maneira, as diretrizes de implantação definiram os projetos construtivos e arquitetônicos do programa.
O jogo de volumes proporcionado pelas varandas de diferentes formatos e dimensões dá a sensação de movimento à fachada do prédio. Em combinação com o revestimento em painéis de alumínio composto – ACM (Alluminum Composite Material) – e panos de vidro estrutural glazing, criam-se contornos contemporâneos e marcantes.
“A proposta conceitual para o Monte Carlo tem como princípio norteador um objeto esculpido a partir do jogo de cheios e vazios. Suas linhas originais, claras e limpas de traçados orgânicos com movimentos alternados entre os pavimentos tipo, estabelecem uma relação de harmonia entre o edifício e a cidade, dando a ele sutileza, mas ao mesmo tempo forte apelo estético. Os inúmeros detalhes pensados para o projeto deram à edificação um caráter atemporal, tornando-o ímpar no cenário arquitetônico de Belo Horizonte”, conta o arquiteto Bernardo Farkasvölgyi.
Os traçados variados determinados pelas varandas exigiram elementos flexíveis e que abraçassem a modulação da fachada. Daí a escolha pelos painéis de ACM que, ao todo, foram fornecidos em 230 placas de 1,5 x 5 metros. “A maleabilidade e dimensão dos painéis compostos contribuíram para uma fachada com poucas juntas nas partes curvas, o que valorizou ainda mais o traçado orgânico. Este material foi instalado sobre a alvenaria – o sistema de fachada aerada ajudou na concepção de uma obra mais rápida e limpa. O produto se destacou, também, pela durabilidade e baixo índice de manutenção durante a vida útil do edifício. Por se tratar de uma solução não muito usual neste tipo de construção, contribuiu para diferenciar o projeto de maneira positiva”, destaca.
Contrapondo a atual tendência da arquitetura, o vidro foi pensado como um elemento de importância menor em relação ao volume. O projeto apresenta poucos panos de vidro e recuados em relação aos volumes principais.
O arquiteto explica que “o vidro bronze dialoga com os painéis de ACM champanhe deixando o volume mais homogêneo. O tom fechado do vidro potencializa ainda mais a ‘brincadeira’ dos cheios e vazios, valorizando a forma sinuosa das varandas em balanço”.
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