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Laguna N16

Laguna N16
Residência predominantemente térrea explora desníveis para se proteger da forte incidência do sol, mas utiliza elementos que não impedem a integração voltada para o mangue local. Imagens: Rogério Maranhão
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Caixa se sobrepõe com volumetria assimétrica

Texto: Ian Vieira

Uma grande caixa branca, concebida a partir de volumes desiguais, chama a atenção de quem passa próximo a uma residência singular, que – de certa forma – concorre com a lagoa Mundaú e os balneários da região litorânea no extremo sul alagoano.

O partido busca a integração com o amplo terreno verde no qual está situado e nasce de uma proposta arquitetônica simplista, que valoriza traços suaves e retos, mas surpreende ao mostrar desde a fachada o pé-direito duplo. O acabamento da estrutura é leve em função dos grandes panos de vidro que corroboram para a identidade visual da casa.

Valorização do convívio

Rodrigo Fagá Rocha, arquiteto, explica que o projeto teve como ponto de partida a idealização de uma residência urbana e prática, voltada para a valorização das áreas sociais e de convívio. “Também era preciso utilizá-la nos fins de semana como uma ‘casa de veraneio’, porém com identidade própria e sem a tipologia habitualmente encontrada nos empreendimentos desse segmento”.

A valorização do convívio se dá a partir de espaços fluídos e grandes vãos. “Daí a ideia de criar um programa de espaço multifuncional, com cozinha gourmet, salas de almoço e estar e varanda com grandes aberturas. As portas com folhas de madeira de dois metros, quando abertas, integram a varanda, que está voltada para a piscina e se transforma em uma extensão da área de lazer”.

Volumes desiguais para sombreamento

Trata-se de um terreno poente, portanto com grande incidência da luz solar. Para não impedir a integração voltada para o mangue, através das esquadrias de vidro, e a valorização da própria paisagem natural, a solução foi criar volumes assimétricos na fachada que proporcionam o sombreamento adequado nas aberturas.

O aproveitamento da luz natural no interior da residência acontece na mesma proporção da ventilação cruzada. O arquiteto afirma que “as áreas sociais foram projetadas com grandes penas envidraçados, com sistema de fixação spyder, próprias para favorecer a iluminação. Também instalamos na fachada dutos metálicos, camuflados por um revestimento de madeira, que possibilitam a captação dos ventos predominantes para a área de pé-direito duplo. Já nas suítes, as portas de piso-teto voltadas aos jardins laterais dão origem a pequenos terraços descobertos, porém com maior incidência de ventos e iluminação natural”.

Interiores com discrição e classe

Trata-se de uma casa predominantemente térrea, apenas com um home theater no pavimento superior. Internamente, o programa é bem-definido. “Há algumas ‘passagens secretas’ em forma de portas camufladas na cor da parede, ora off-white, ora em um tom de chocolate. Elas acessam diferentes áreas que pedem maior privacidade, sobretudo o setor íntimo, que compreende as suítes”.

Destaca-se o mobiliário composto por peças contemporâneas que dialogam com elementos de design clássico. Grandes luminárias ressaltam o pé-direito duplo.

Escritório

  • Local: AL, Brasil
  • Início do projeto: 2009
  • Conclusão da obra: 2010
  • Área do terreno: 1.037 m²
  • Área construída: 337 m²

Ficha Técnica

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