A cafeteria Eu quero café, localizada em Araçatuba (SP), possui uma característica única: a lembrança da casa da avó. Inspirada nas casas de café ao longo do mundo, conta com ambientes agradáveis, atrativos e convidativos que conquistam a todos que passam por ali.
Os proprietários convidaram a equipe do Studio Urbano para assinar o projeto de 240 m². Assim, através de um brainstorming, foi decidido aproveitar as vitrines, explorar o pé-direito e os vãos já existentes. “Nossa intervenção foi a abertura do vão da porta para os banheiros, a criação das paredes – em drywall – da cozinha e do estoque e um acesso restrito aos funcionários”, conta Gabi Canola, arquiteta do escritório.
Com uma setorização marcada pelo mobiliário, os arquitetos priorizaram um layout fluido. O projeto foi organizado em dois pavimentos – térreo e primeiro andar – com dois salões decorados com diferentes artes e estilos.
Na entrada, os clientes são recepcionados por um grande balcão que envolve toda a parte do bar e do preparo dos cafés. O fundo de painel ripado em madeira paricá, com corte multilaminado do compensado aparente, cria uma sensação de movimento às ripas, e a tonalidade traz calor e aconchego para o espaço. À frente do balcão principal está um ponto de destaque da cafeteria: a bancada de serralheria suspensa do piso, que gera bastante curiosidade.
O mural colorido é de autoria do artista João Nove, do Digital Organico Studio. A arte dá vida, personalidade e urbanidade ao projeto. Já as estantes metálicas recebem lixeiras, sendo o apoio de serviço do local.
O estúdio pensou em diferentes formas de assentos, desde cantinhos estofados com banquetas altas, até baldinhos móveis para serem carregados de um lado para o outro. Além disso, buscaram explorar o pé-direito com a aplicação de um tom de verde bem escuro no teto e em sua borda lateral.
Mesas altas permitem uma permanência mais longa no local e, às vezes, funcionam como um escritório momentâneo. E em contraponto aos grandes bancos de madeira, cadeiras simples, geralmente usadas em espaços corporativos, imprimem um desenho contemporâneo e atemporal. Elas foram escolhidas pela sobriedade, durabilidade e resistência.
Toda a iluminação é aparente por eletrocalhas e conduítes metálicos, que trazem uma estética industrial. A escolha foi ideal para pontuar uma iluminação mais cênica, criando cenários e sombras interessantes.
Para trazer a natureza e proporcionar bem-estar aos clientes, foram escolhidas plantas que são muito resistentes. No exterior da cafeteria, as moréias criam maciços lineares que permeiam a calçada e duas samambaias trazem sombra às vitrines laterais. No interior, o jardim vertical é um belíssimo cenário e dá vida ao projeto.
Para as fachadas, uma pintura em faixas faz a conotação de um copo de café. “Optamos por destacar a arquitetura reta do prédio de forma interessante e pontuada por cores fortes e marcantes, inspirada nos copos de café descartáveis, fazendo sutilmente uma alusão do produto com o projeto”, finaliza Gabi.
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