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Roteiro Musical de São Paulo

Roteiro Musical de São Paulo
Desenvolvido pelo Estúdio Guto Requena em parceria com o Atelier Marko Brajovic, o projeto Roteiro Musical, conta de forma interativa a história das músicas que rondaram a cidade de São Paulo. Imagens: Fran Parente
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Exposição musical convida a viajar no tempo

Texto: Ana Marquez

O projeto “Roteiro Musical da Cidade de São Paulo” é uma exposição interativa que apresenta os 100 anos de história de São Paulo a partir das músicas compostas especialmente para a cidade. A mostra conta com documentos, áudios, discos raros, partituras, fotografias, desenhos, entrevistas, letras, canções, entre outros objetos. Tudo isso desenhado pelo escritório Estúdio Guto Requena e Atelier Marko Brajovic.

“Priorizamos a imersão e a interação dos visitantes. Na cenografia buscamos os princípios do design universal, em que todos os usuários devem ter a mesma experiência espacial”, explica o arquiteto Guto Requena.

Design brasileiro

O ambiente sugere um cabaré antigo, mesclado com uma estética contemporânea e brasileira. Vermelho, vinho e roxo fazem parte da cartela de cores escolhida para a exposição. Carpetes, veludos e capitonês somam com a luz indireta e o mobiliário clássico que compõe o clima da Belle Époque.

“Todo o trajeto foi inspirado nos próprios símbolos da cidade de São Paulo, como por exemplo, a calçada típica e os postes de luz. São seis ambientes principais no decorrer de 300 m²”, conta o arquiteto.

Túnel musical

Ao entrar no Roteiro Musical nos deparamos com um túnel de cerca de 17 metros de comprimento. Um grande neon, inspirado nos bares da Rua Augusta, com setas que piscam, convidam os visitantes a entrarem nesse espaço e imergir na exposição.

O túnel é composto por mais de 2.600 capas de discos históricos. Essa explosão de pixels-discos retira o visitante do presente e o leva a uma viagem no tempo, de volta para o passado. “Nesta área foram dispostas diferentes mídias musicais, que vão desde o gramofone, os rádios, as vitrolas e o tocador CDs até chegar ao mp3. Buscamos no efeito dos pixels no piso, teto e nas paredes explorar e confundir os sentidos de quem entra ali”, comenta.

Décadas de histórias

Para ilustrar a história musical de uma década, os arquitetos utilizaram onze cúpulas que organizam de maneira cronológica todo o cenário, a partir dos anos 1910 até a década de 2010. As cúpulas são interativas e podem subir e descer, possibilitando ao visitante ficar imerso e ouvir o set list com todos os sons da década escolhida, além de visualizar os textos e as fotos históricas do mesmo período.

“As cúpulas deslizam para cima, liberando o salão para dar espaço aos bancos que podem receber uma plateia de até 60 pessoas, transformando a área expositiva em uma grande sala para palestras, workshops e bate-papos”, relata Guto.

Escolha dos ambientes

Um dos ambientes é um típico boteco, projetado para abrigar os discos e as músicas que falam sobre os times de futebol de São Paulo. Duas mesas de bar com cadeiras, calçada da cidade, poste de rua e lambe-lambes instigam o visitante a sentar, escutar as músicas e a vistoriar o cardápio com as capas de discos.

O arquiteto Guto Requena destaca outro espaço interessante, a arena cabaré: “Um palco elevado foi projetado para ser a arena de debates com ares de cabaré. Nas paredes, muitos quadros com molduras rococós em MDF cortadas a laser abrigam fotos e notícias históricas. TVs de plasma e rádios antigos transmitem vídeos históricos e programas de rádio de época”.

Nas duas laterais do palco, grandes armários, com um desenho que remete às cristaleiras antigas, abrigam parte do acervo de objetos históricos, como rádios antigos e notícias de jornais. A luz indireta realça o mobiliário clássico – poltronas, namoradeira, mesas e abajures – que sugere um ambiente intimista e ajuda a compor o clima. O objetivo é ser um convite a sentar e observar as pessoas interagindo com a exposição.

Além disso, existem sete janelas interativas, inspiradas nas tradicionais janelas brasileiras. Ao serem abertas, elas revelam fotos históricas e tocam as principais músicas de sete personagens da exposição, como por exemplo, Mário Albanese, Tom Zé, Adoniran Barbosa, entre outros.

Por fim, o último espaço da exposição destaca-se por trás das grandes cortinas pretas teatrais. Ele guarda em seu interior, estampado no piso, um mapa interativo que contém bairros e regiões da cidade de São Paulo. “Ao andar sobre o mapa, o visitante aciona uma luz que destaca a região percorrida, enquanto escuta músicas compostas para aquele local. Um grande espelho inclinado reflete para toda a exposição os visitantes interagindo com o mapa, transformando em atores aqueles que normalmente são espectadores”, finaliza o arquiteto Guto Requena.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2012
  • Conclusão da obra: 2012

Ficha Técnica

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