Ocupando o antigo estacionamento de trens e carros, conhecido como o “Rabicho da Tijuca”, o projeto da Estação Uruguai faz parte da extensão da Linha 1 do metrô no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro. O projeto foi concebido a partir das possibilidades do edifício existente e das exigências requeridas por uma estação de metrô. “Trabalhamos com extrema limitação de espaço interno, com pé-direito reduzido e irregularidades na geometria do edifício existente”, relata o arquiteto Emiliano Homrich Neves da Fontoura.
Para a implantação da estação foi necessário adaptar a estrutura existente, que inviabilizava o embarque e desembarque de passageiros no nível da plataforma. A malha de 138 pilares na plataforma foi reduzida para apenas 23 pilares metálicos – em formato de árvore – localizados no centro. “A substituição da estrutura aconteceu em duas etapas: primeiro acrescentou-se os novos pilares, fazendo a transferência de cargas para não prejudicar a estrutura existente. Posteriormente foram retirados os pilares antigos. Nas extremidades da plataforma, onde apoios originais foram mantidos, localizam-se os elevadores e as escadas de acesso ao mezanino e as salas técnicas” explica o arquiteto.
“Não houve intervenções na superfície, com exceção dos acessos e das torres de ventilação. Toda a obra em subterrâneo foi realizada sem interdições temporárias na superfície. Podemos dizer que todas as restrições definiram profundamente a concepção do projeto. Transformar este espaço limitado e inóspito em um lugar confortável, claro, com ventilação e seguro fez parte do grande objetivo do projeto”.
Os mezaninos, divididos em dois: ‘Sul’ e ‘Norte’. Eles estão localizados nas extremidades da estação, abaixo da Rua Conde de Bonfim. Para executar os acessos à estação, os arquitetos utilizaram o método construtivo com estaca prancha metálica, que minimiza desapropriações e reduz custos. As salas técnicas de ventilação estão localizadas entre os dois mezaninos.
Colorida, clara e clean, a estação Uruguai traz uma nova proposta de comunicação publicitária brasileira, com cores alegres, saltitantes e um espaço arrojado. Os passageiros trafegam pela estação sem muitos problemas.
“O conceito de sustentabilidade permeia o projeto inteiro, afinal trata-se do retrofit de uma imensa estrutura construída há mais de 30 anos, que estava sem uso. Sua transformação em estação de metrô interfere positivamente na vida de milhares de pessoas e representa um benefício de grandes proporções para a cidade”, finaliza.
Escritório
Veja outros projetos relacionados
Termos mais buscados