Por exigência do proprietário do Santa Cruz, o restaurante deveria ter uma qualidade de design incomparável. Além disso, a forte presença da edificação na bonita paisagem montanhosa de Monterrey, no México, era essencial. “A ideia do empreendedor, que entende bastante de arquitetura e design, era atingir um resultado arquitetônico que pudesse ser facilmente replicado. Assim, a recombinação das volumetrias básicas permite a reprodução da construção em qualquer terreno, de qualquer tamanho. Ele queria criar uma cadeia de restaurantes fast food com qualidade total e de fácil identidade com o público jovem e infantil”, destaca o arquiteto responsável pelo projeto, Eiji Hayakawa.
Visando a relação harmoniosa do restaurante com o entorno e o público, o arquiteto optou pelo formato inusitado e a forte cor vermelha da marca. Ele explica que a volumetria alcançada foi fruto da união de diferentes formatos. “Nós nos inspiramos na forma primária da casinha de duas águas para dar vida ao projeto. Com a junção de váriosNos inspiramos na forma primária da casinha de duas águas para dar vida ao projeto. Com a junção de vários blocos dessas residências, conseguimos algumas manobras arquitetônicas que garantiram a personalidade da edificação Eiji Hayakawa blocos dessas residências, conseguimos algumas manobras arquitetônicas que garantiram a personalidade da edificação. A cadeia de montanhas no entorno da cidade também serviu de inspiração”.
O tom vermelho foi escolhido como predominante pela vivacidade. Como o restaurante encontra-se à beira de uma autoestrada, a volumetria deveria ser interessante e chamativa. “É muito difícil deparar-se por aí com um prédio totalmente rubro. A cor já chama muita atenção e, ligada ao formato inovador do edifício, tornou a rede facilmente reconhecida”, explica.
Construir de maneira rápida e econômica foi um dos maiores objetivos. Por isso, as estruturas metálicas foram utilizadas como base da obra. “A fácil replicação também ajudou na escolha do sistema construtivo. Além disso, empregamos telhas termoacústicas metálicas na cobertura, que podem ser encontradas em qualquer lugar do mundo”. Já a madeira é o material mais utilizado no interior do estabelecimento.
Eiji enfatiza que, apesar de o edifício ser pequeno e o sistema construtivo acelerar o processo, a obra demorou um ano para ficar pronta. “No México as construções são um pouco mais demoradas e não acontecem na mesma velocidade dos países de primeiro mundo”.
A arquitetura e o desenho de interiores foram idealizados pelo escritório de Eiji. Já a criação do branding e do conceito da marca ficou sob responsabilidade de jovens profissionais mexicanos especializados em design gráfico. “Foi um enorme prazer e um grande aprendizado poder trabalhar com esses talentos. Criamos uma sinergia e uma arquitetura que realmente integra-se à identidade visual do projeto”, destaca o arquiteto.
Com verões muito quentes, o edifício precisa manter-se climatizado. Por meio das casinhas conjugadas, foi possível dar sentido sustentável ao projeto. “Ao elevar a volumetria e deixar o térreo bastante transparente – com fechamento em vidro – criamos uma grande área de sombra e projeção. Com essa solução, a incidência solar nunca entra diretamente em um ambiente do restaurante, garantindo economia com o uso do sistema de ar-condicionado”, conclui Hayakawa.
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