Ao projetar a Casa J os arquitetos Eiji Hayakawa e Marcos Takiguthi enfrentaram o dilema de ter um partido aberto para o entorno sem comprometer a privacidade dos moradores.
A solução foi erguê-la em torno de dois pátios elípticos e generosos, híbridos entre interior e exterior. A elipse é o que gera a interessante forma da casa, mas o desenho partiu da análise do programa em relação às condições externas como insolação, ventilação e vistas privilegiadas. O espaço interno é articulado pelo ‘pátio da manhã’, localizado a leste da edificação, onde se aglutina a ala privada; e pelo ‘pátio da tarde’, implantado a oeste, cuja ala foi planejada para o lazer. “Trata-se do pátio na casa, ou da casa no pátio?”, brinca Hayakawa.
Próximo à entrada principal, voltada para o sol poente, o pátio da tarde é delimitado por um muro curvilíneo – clara referência à obra de Tadao – que soma cerca de 20 m de comprimento. Ele exibe discretas perfurações regulares, importantes para a ventilação e a troca de luz entre ambientes.
Já o pátio da manhã, vizinho ao bloco dos dormitórios, tem eixo menor, cerca de seis metros. A superfície elíptica se prolonga em dois pavimentos acima da laje plana de cobertura do andar térreo, destacando-se entre a volumetria horizontal da residência.
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