De proporções e qualificações sustentáveis gigantes, o Centro Empresarial Senado é uma construção mista de aço, concreto e vidro projetado para ser um triple A – um edifício com classificação AAA, a mais alta da escala, com características inovadoras de concepção, implantação, estratégia, sustentabilidade e comunicação.
Localizado no bairro da Lapa, área central do Rio de Janeiro, ele reúne números mais do que Talvez seja o maior átrio já desenvolvido por nós. Ele cria robustez e elegância únicas; sua presença é bastante forte principalmente por estar localizado no centro da edificação Edo Rocha significativos. O terreno de aproximadamente 19 mil metros quadrados abriga duas torres, cada uma com dois prédios de alturas diferentes – 97,70 m e 82,90 m e 67,80 m lajes de 5,2 mil m² e área construída de quase 200 mil m². E mais: um átrio impressionante com pé-direito de 62,70 metros, que interliga através de três passarelas as torres em formato de prisma envidraçado.
Entre números tão expressivos, o arquiteto Edo Rocha destaca a imponência do átrio: “Talvez seja o maior dentre os já desenvolvidos por nós. Ele cria uma robustez e elegância únicas; sua presença é bastante forte principalmente por estar localizado no centro da edificação”, explana.
A história do ‘gigante sustentável’, como é chamado por alguns, começou quando a Petrobras procurava um empreendimento para se instalar e se interessou pelo Centro Empresarial Senado. No início era prevista a construção de apenas uma torre, mas o crescimento do pré-sal exigiu um espaço maior para acomodar os mais de 10 mil funcionários da empresa que estavam dispersos em imóveis alugados. Isso exigiu dois acessos em duas ruas para dividir o fluxo confortavelmente, sem criar tumulto. Toda a construção foi feita no sistema built-to-suit – expressão inglesa que designa um prédio construído ou reformado para locação, sob medida, de acordo com as exigências do locatário.
O edifício está cercado por construções tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), casarões coloniais, igreja e edifício público de mais de 100 anos. “O complexo deverá estimular a recuperação dessa área tão abandonada, sendo um mote, um estímulo para a revitalização do centro do Rio de Janeiro”, acredita Edo Rocha.
O arquiteto também enxerga o novo edifício como um imenso caleidoscópio. A fachada com O complexo deverá estimular a recuperação dessa área tão abandonada, sendo um mote, um estímulo para a revitalização do centro do Rio de Janeiro Edo Rocha estrutura metálica e cobertura de película de vidro verde é capaz de refletir as construções no entorno, suas mudanças e sua história à medida que a atualização e o restauro dos 25 edifícios existentes na região aconteçam. “Por não ser paralelo aos edifícios existentes, o prédio torna-se um prisma, quase um elemento ótico, diferentemente das construções estáticas paralelas ou alinhadas à rua.” A forma e altura do CES ultrapassa a questão estética. “Existia uma limitação no terreno, uma restrição de zoneamentos”, revela Edo.
Na fachada foram utilizadas duas soluções sustentáveis. A primeira é um sistema de vidro unitizado, empregado em grande parte dos prédios e nas torres de elevadores. A tecnologia possui agilidade na montagem e elevada estanqueidade, ou seja, oferece maior vedação. Edo complementa que a base da escolha do vidro com tratamento ionizado está na transparência do material e no sombreamento dos raios infravermelhos e ultravioleta, que permite passar a luz, mas não o calor.
“Outra qualidade é o fato dele ser autolimpante. Como o nível de porosidade é baixo, a sujeira não gruda; e quando chove, ele se limpa”, acrescenta.
A segunda solução é a fachada ventilada com cerâmica em dióxido de titânio, que reage à incidência da luz ultravioleta, desencadeando o processo de fotocatálise. Edo Rocha explica que a reação transforma o CO² em oxigênio. “De forma eficiente, cada 1.000 m² de superfície da cerâmica equivalem a 70 árvores desempenhando o papel de purificador do ar em pleno centro urbano. Podemos dizer que a fachada corresponde à presença de 350 árvores”, complementa. Outra forma de bloquear o sol diretamente, usada pelo arquiteto, foi o posicionamento estratégico de elevadores e banheiros nas fachadas com maior incidência de luz solar – poente e nascente.
Um dos pedidos da Petrobras era que a obra contemplasse um maior número de janelas possível. Para evitar a concentração de todas elas nas fachadas, Edo Rocha distribuiu boa parte das aberturas no átrio interno. A área interna envidraçada, além de se mostrar uma solução que permite enxergar o saguão, tornou-se importante também sob a ótica da sustentabilidade, uma vez que a incidência de luz natural diminuiu substancialmente a carga térmica do prédio.
O arquiteto resume: “Ganhamos um ambiente aberto, iluminado e com uma paisagem”. Outra conquista é a grande conservação de calor proporcionada pelo recurso. Como ele não troca calor com a área externa, a carga térmica é muito maior. No átrio, as três passarelas largas abrigam salas de convivência, nas quais as pessoas podem se reunir sentadas, aproveitando toda a imponente vista proporcionada pelo pé-direito alto. Já o andar térreo é munido de uma série de salas de reunião e auditórios retráteis.
Com estrutura metálica mista, de aço recoberto com concreto, o CES foi construído rapidamente, de forma limpa e mais econômica do que uma estrutura somente metálica. O sistema oferece agilidade na execução dos serviços e, principalmente, menor ou nenhuma produção de entulho e resíduo. Outro fato determinante para a escolha do sistema construtivo vigente foi a localização das torres no centro da cidade histórica, que demandava menor impacto de logística no entorno e, consequentemente, maior velocidade de execução.
Os pilares externos são revestidos em aço e todos os pavimentos do Centro Empresarial Senado apresentam layout em landscape, permitindo futuramente dividir cada pavimento em até quatro Por não ser paralelo aos edifícios existentes, o prédio torna-se um prisma, quase um elemento ótico, diferentemente das construções estáticas paralelas ou alinhadas à rua Edo Rocha partes com lobbies e acessos diferentes. As amplas lajes em steel deck unidas também podem ser divididas. Atendendo aos pré-requisitos para a certificação LEED(Leadership in Energy and Environmental Design), com classificação Gold, o sistema de ar-condicionado é mais eficiente, insuflado pelo piso elevado, com terminais ativos e passivos que possibilitam o controle da temperatura por zonas. O sistema de climatização possui expansão indireta e direta, com capacidade total de 4.700 TR. As vantagens são inúmeras: ar muito mais limpo, flexibilidade e economia de energia de praticamente 25%. A busca pela eficiência energética se reflete nos dispositivos economizadores e de reaproveitamento de água, na central de ar de alto desempenho, nos sistemas de supervisão e controle predial automatizados e em equipamentos eficientes, como elevadores capazes de gerar energia durante a descida. A garagem ocupa cinco subsolos e dispõe de mais de 1.700 vagas de estacionamento com grande in
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