O projeto do Edifício Tribo São Judas foi concebido a partir da alvenaria estrutural, como uma forma de economia na construção. Apesar das limitações que essa técnica impõe, o prédio foi projetado pelo escritório Onze Arquitetura com um design inovador e marcante em meio ao agito da capital paulista.
Rogério Toshio Takeuti, arquiteto responsável, organizou 32 unidades residenciais em dois blocos. “O bloco mais alto tem dois apartamentos por andar, cada um com dois dormitórios, e foram distribuídos em oito pavimentos. Já o posterior conta com quatro pavimentos e plantas flexíveis: duas unidades de dois dormitórios e outras duas com apenas um dormitório”, explica.
Um terceiro bloco liga esses pavimentos e recebeu a circulação vertical do prédio.
O Edifício Tribo São Judas foi projetado para ter espaços integrados que incentivem o convívio interno e externo. As cores da fachada são marcantes, e o painel decorativo na empena pode ser visto de longe. O movimento constante de cores provocado pelas venezianas existentes chama a atenção de quem transita pela rua.
A fachada teve seu acabamento em resina acrílica, que garante durabilidade ao edifício. Além disso, a entrada principal recebeu um destaque natural. Os ipês amarelos trazem charme e brasilidade à face principal do projeto.
O design do edifício foi norteado com um conceito arrojado e jovem, com cores vibrantes que se destacam na paisagem. Um ponto forte é que a grande empena cega que foi criada pelo terceiro bloco, o de circulação vertical, ganhou um painel gráfico no estilo pixel art.
A arquiteta Márcia Brunello, responsável pelo projeto de interiores, aplicou um estilo moderno, com um toque minimalista, descontraído e que valorizasse o design e as obras de arte de um dos apartamentos do Edifício Tribo São Judas. O objetivo principal era dar mais de uma função ao mesmo espaço. Dessa forma, o jantar, o living e o terraço se transformam em um único ambiente na hora de receber os convidados.
Criar ambientes funcionais foi o ponto de partida. “Criei uma base neutra em tons de concreto e branco. As cores ficaram por conta de peças-chave na decoração, como o pufe e as gravuras. Os objetos de decoração foram garimpados em diversas lojas de designers brasileiros e têm um toque de ousadia e humor que conferem descontração ao apartamento”, conta Brunello.
Dos objetos decorativos que foram garimpados junto aos jovens designers para dar personalidade, tem a luminária “tenis múltiplos” do designer Diego Andrez, a escultura “asas de parede” de Marcelo Fernandes, o “chapéu cement cilindro” de Marcantonio Raimondi Malerba e os pratos de Sonia Menna Barreto. Além das gravuras de Vasarelly, Emanoel Alves e Gonçalo Ivo.
Pensando na sustentabilidade, toda a iluminação do apartamento já é entregue pela incorporadora embutida em sancas e rasgos no forro. Apesar de fria, a temperatura das lâmpadas foi cuidadosamente escolhida para criar um clima aconchegante em cada ambiente.
A responsável pelo projeto luminotécnico é a especialista Neide Senzi, do escritório Senzi Lighting. “Ela buscou valorizar não só o visual, mas principalmente o aspecto funcional dos espaços e dos espaços”, conclui o arquiteto Rogério Toshio Takeuti.
POP XYZ, por Triptyque Architecture
Escritório
Termos mais buscados