Com uma linguagem contemporânea que se destaca na paisagem de Belo Horizonte (MG) – mais especificamente no bairro Colégio Batista –, o Edifício Zider foi idealizado por dois escritórios, que trabalharam em parceria e com um objetivo em comum: esgotar o potencial construtivo de um terreno de apenas 400 m².
Guilherme José Rocha, do escritório Meius Arquitetura, e Eduardo França e Letícia de Azevedo, do Estudio Arquitetura, contam que o projeto arquitetônico buscou refutar uma lógica do mercado imobiliário de elaboração de apartamentos-tipo.
Assim, com 1.511 m² de área construída e 5 andares, o Edifício Zider possui quatro estúdios duplex no térreo, dois apartamentos no terceiro andar e duas coberturas duplex no quarto andar (que ocupam também o quinto e último pavimento do edifício).
As quatro unidades acessadas pelo nível térreo, duas de dois quartos e duas de três quartos, foram concebidas como estúdios de dois níveis, sendo que no primeiro localiza-se toda a área social e de serviços, e no segundo, os quartos. Com essa solução foi possível aumentar a quantidade de unidades, com área privativa – das oito unidades, seis possuem –, um diferencial do projeto arquitetônico. Segundo os arquitetos, a criação desses terraços privativos proporcionou maior qualidade espacial aos moradores do Edifício Zider.
Logo acima dos estúdios, no terceiro pavimento, os autores projetaram mais dois apartamentos com três quartos cada. Apesar de espaçosos, estes apartamentos são os únicos do edifício que não possuem área privativa.
Por fim, no pavimento superior, foram posicionados mais dois apartamentos duplex, com cobertura e área privativa. Essas duas unidades contam, ainda, com pé-direito duplo na área social e quatro quartos, sendo que a parte localizada no quinto pavimento pode ser reversível.
O prédio foi revestido externamente com ecogranito de duas tonalidades: a porção do edifício em que estão locados os estúdios recebeu cor cinza clara, e a parte dos apartamentos de um pavimento e as coberturas foram pintadas em grafite. Já a tonalidade amarelo ouro foi usada para destacar as empenas laterais superiores, fazendo o coroamento da edificação.
Apesar de o Edifício Zider não investir em apartamentos-tipo, ele não se tornou um empreendimento oneroso. Contribuíram para isso soluções como a edificação em alvenaria autoportante e a criação de paredes coincidentes entre as unidades, levando em conta a projeção interna de cada uma.
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