Apartamento República PP

Compacto funcional

Texto: Giullia Souza

Integração é palavra que melhor define o Apartamento República PP, lar de um advogado que estava cansado de perder horas no trânsito. A fim de tornar a sua vida mais prática, o morador escolheu um imóvel no centro de São Paulo, próximo ao metrô, e chamou o dt.estudio para realizar o projeto.

A parceria vem de outras datas, já que o escritório assinou também o antigo apartamento do cliente, então, para ele era certo que os arquitetos saberiam traduzir sua personalidade dentro do novo lar, que deveria ser funcional e confortável.

Além de ser um pedido do proprietário, a integração ajudou a adequar a planta de 44 m² ao programa de necessidades, que visava um espaço que favorecesse o home office, o descanso e o bem-estar de uma outra moradora, sua cachorrinha da raça buldogue.

Com duas varandas que se abrem para a Praça da República, o apartamento funciona quase como um mirante da arquitetura do centro da cidade, porém, a falta de paredes foi um desafio para os arquitetos, já que tiveram pouca área de manobra para a criação de armários e prateleiras. De acordo com os arquitetos, o que ajudou muito foi o fato de o cliente lhes dar liberdade criativa e se mostrar disposto à adaptação ao novo espaço.

Um tom vibrante de laranja reveste todo o banheiroFoto: Evelyn Müller

O resultado é um apartamento que proporciona sensação de amplitude, com uma mistura de rusticidade e bastante cor. Integrando a cozinha à sala, a principal marcenaria do apartamento está sob a bancada que dita a organização do projeto, e seu tom vibrante de azul conversa com o laranja que reveste todo o banheiro.

O partido foi tirado de materiais rústicos e robustos, como o piso de peroba rosa de demolição, a bancada e o piso da cozinha, de Caesarstone Concrete Sleek, e o granito no banheiro. Aqui, a estética contemporânea ficou por conta do aspecto industrial do aço, utilizado em parte do mobiliário e nas portas em serralheria com vidro aramado.

As escolhas solucionaram o convívio do pet no ambiente, já que eram necessários acabamentos mais brutos e adaptações, como a lona nos móveis estofados e as plantas em suportes.