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Casa Pacaembu

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Ao invés de passar por uma ampla reforma, a Casa Pacaembu foi levada abaixo pelo escritório DMDV arquitetos, sendo substituída por uma construção moderna. Imagens: Maira Acayaba
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Quando demolir vale a pena

Texto: Ana Marquez

Quando foram convidados a desenvolver o projeto de reforma da Casa Pacaembu, os arquitetos do escritório DMDV arquitetos perceberam que, mesmo realizando uma revitalização profunda, não seria possível implantar o novo programa desejado pelos proprietários. A saída foi demolir e iniciar uma construção do zero, dessa vez em estrutura metálica.

“Nossa proposta de utilizar estrutura metálica foi porque agilizaria o processo de construção da residência. Essa estrutura chega pronta e a montagem é feita aqui, liberando outras frentes de trabalho”, explica o arquiteto Bruno Bonesso Vitorino.

“Era uma casa com uma implantação bem complicada, era uma técnica estrutural antiga, construída em alvenaria estrutural, o que dificultava as intervenções e pela implantação dela, quase não sobrava jardim. Portanto, foi unanime, da nossa parte e dos clientes, que construir uma casa nova seria mais interessante”, conta o arquiteto Renato Dalla Marta.

Segundo os profissionais, foi necessário muito estudo e uma análise aprofundada do sistema estrutural existente para se chegar a essa decisão – a qual resultou em um menor prazo de execução e possibilitou criar vãos maiores. Além disso, livrou o andar térreo de intervenções estruturais, além de permitir que os balanços – que formam a área de convivência – ficassem protegidos e ligados aos jardins externos.

Transição do antigo para o novo

O terreno acidentado e íngreme e a avaliação da melhor orientação solar foram os fatores que definiram a distribuição do programa e a organização do projeto da Casa Pacaembu, localizada em São Paulo. A iluminação e a ventilação naturais são favorecidas pelas aberturas para o pequeno jardim, o qual abriga a central de aquecedores e uma cisterna que capta a água da chuva e que é reutilizada pelo sistema de irrigação automático dos jardins.

Alguns materiais da antiga casa foram utilizados na nova morada, como os tijolos aparentes das fachadas, as pedras do piso que compõe o paisagismo e parte da madeira da antiga obra.

“Nós não chegamos e simplesmente destruímos tudo o que estava na casa e refizemos tudo novo, um pouco do que já estava lá, permaneceu”, comenta Dalla Marta.

Distribuição dos ambientes

A sala de jantar, de estar e a cozinha são totalmente integradas com os jardins externos por causa dos painéis de vidro Foto: Maira Acayaba

O subsolo conta com garagem com espaço para quatro carros, lavanderia, depósitos e áreas técnicas. Levemente ‘enterrado’ no lote, este foi o único andar construído em concreto. O pavimento térreo conta com área de lazer, sala de estar, sala de jantar, cozinha e home theater. A fim de integrar interior com exterior, os arquitetos usaram fechamento de vidro em toda a área.

A área externa foi separada em dois tipos de jardim: um na parte da frente do terreno, próximo à cozinha e à sala de jantar, e o outro maior, nos fundos do lote, que abriga a piscina e o deck de madeira, integrado com a varanda, churrasqueira e a edícula (uma pequena casa revestida de madeira que conta com dois andares compostos por brinquedoteca, além de espaço para sauna e repouso).

No primeiro andar estão os três dormitórios, sendo que dois são frontais e estão separados do quarto do casal. Para proteger esses ambientes do sol, os arquitetos usaram muxarabis de madeira cumaru para resguardar os vidros de vedação, ajudando no conforto térmico.

Por fim, no último andar, do qual se tem a vista da região, está o escritório residencial, protegido do sol por brises verticais e ligado aos dois terraços descobertos e feitos com jardineiras.

“O percurso que atinge esses três pavimentos é completamente transparente e aberto, então, a questão de insolação foi uma premissa que tivemos que seguir, basicamente não existe divisão física entre os ambientes, apenas pequenas separações feitas com mobiliário”, completa o arquiteto André Dias Dantas.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2015
  • Conclusão da obra: 2016
  • Área construída: 500 m²

Ficha Técnica

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