O deleite da paisagem singular do cartão postal do Rio de Janeiro, que reúne o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor e a Baía de Guanabara, fica praticamente à mercê de quem desfruta dos serviços do Panamera bistrô. Sua implantação toma o 12º andar do hotel, anteriormente destinado a suítes.
"O grande desafio estava, justamente, em transformar um espaço originalmente ocupado por quartos, sem uma estrutura para instalações específicas para cozinha, em um restaurante onde 100% da vista pudesse ser aproveitada. O local deveria ser versátil, à medida que se dividiria em dois para atender públicos diferentes no mesmo horário", relata a equipe da DG Arquitetura + Design.
Ao contrário do que se imagina, não é um restaurante de hotel. Aberto ao público, seu perfil é fino e, ao mesmo tempo, informal. Assim, o design foge do padrão ao propor um ambiente ao estilo da cidade: alegre, comovente a acolhedor.
"Criamos um salão com mesas baixas e altas, estas mais afastadas da janela, para que todos os lugares tivessem ampla visão da paisagem exterior. A posição das colunas define os diferentes espaços do salão. E um aspecto interessante é que a separação da área acontece por meio de uma discreta divisória acústica. Assim foi possível atender a necessidade de realizar dois eventos distintos simultaneamente. Outro ponto de destaque é o lounge, que está localizado do lado direito do bar, com um mobiliário mais informal. Serve tanto como um local de espera, quanto de happy hour. No bar, colocamos poltronas e tampo baixo para que a vista não fosse obstruída por um balcão mais alto. Para preservar a paisagem, os porta-bebidas também não ocupam espaços elevados, e o local do barman foi rebaixado", afirmam os arquitetos.
Também foram criadas rampas de acesso para vencer as diferenças de níveis de um ambiente ao outro, ainda que estas ocupassem parte significativa da área útil. Além da acessibilidade, o projeto tem a sustentabilidade como um de seus diferencias, pois todos os materiais utilizados possuem certificações e selos de garantia.
Os elementos que realçam o design do projeto basicamente passam por quatro materiais. Primeiramente o MDF padrão madeira, utilizado nas paredes, que foi escolhido por sua praticidade de limpeza, aconchego e sustentabilidade.
Depois, a cerâmica, que reveste alguns painéis das paredes em relevos do restaurante, destacando-se pela simplicidade de instalação, estética diferenciada e por proteger as superfícies contra choques e sujeira. Há, ainda, o concreto aparente, especificado para mostrar sua estrutura autêntica, aproveitando as irregularidades de textura que contribuem para o isolamento acústico.
Por fim, o gesso também tem o poder de absorver os ruídos, além de acondicionar as instalações de infraestrutura necessárias.
“O mobiliário exclusivo foi totalmente personalizado. Há, inclusive, um móvel do início do século 20 – proveniente do acerto do hotel – que passou por uma intervenção contemporânea, a partir de uma pintura à base de laca amarela, impondo-se no cenário do restaurante”.
A preocupação com a eficiência termoacústica envolveu a busca pela ventilação natural, aproveitada por meio de aberturas estratégicas. Foi colocado um insulfilm específico e aparelho de ar condicionado com selo de eficiência energética, além de um vidro duplo que diminui os barulhos provenientes do exterior e teto, e pisos acústicos para minimizar o ruído interno.
Restaurante Zozô Rio, escritório VG Vicente Giffoni Arquitetura e Planejamento
Escritório Lobo & Rizzo Advogados, escritório Marco Benjamin Arquitetura
Apartamento na Urca, escritório Studio Arthur Casas
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