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Sítio Rio Acima

Sítio Rio Acima
O Sítio Rio Acima foi reformulado pelo arquiteto Denis Joelsons com o propósito de restituir uma unidade arquitetônica em toda a propriedade. O projeto propôs a construção de uma nova casa do caseiro e reforma completa da casa principal. Imagens: Pedro Kok
Sítio Rio Acima
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Novas construções, histórias do passado

Texto: Juliana Bernardino

Com mais de 40 anos de história, o Sítio Rio Acima, situado na fronteira urbana de Jundiaí, passou por uma intervenção comandada pelo arquiteto Denis Joelsons, com colaboração de João Marujo e Paula Reis.

Ao longo de sua existência, a construção foi aproveitada por diferentes gerações da mesma família, sendo de grande valor afetivo para os proprietários. Por essa razão, “a intervenção realizada no Sítio Rio Acima foi pensada como uma costura, uma junção possível de tempos diversos, criando um sentido de conjunto”, conta Joelsons.

Segundo ele, um dos desafios do projeto foi lidar com as construções díspares entre si, feitas em períodos distintos e encontradas também em estados diferentes. O trabalho de Joelsons buscou, assim, restituir uma unidade arquitetônica em toda a propriedade.

No local já havia a casa principal e a casa do caseiro, mas esta se encontrava em um estado irrecuperável, por isso fora inteiramente demolida. “Fizemos uma nova casa de caseiro, e a casa principal foi reformada e ganhou 2 anexos: um para a sala de estar e um para banheiros e área de serviço”, resume o arquiteto.

As casas ficam em um terreno de 34425 m² e somam 329 m² de área construída.

Casa do caseiro

Parte integrante do conjunto arquitetônico do Sítio Rio Acima, a casa do caseiro fica em um patamar abaixo da casa principal. Ela foi totalmente refeita, já que recuperá-la não era mais uma opção viável.

Fachada da Casa Jurumirim em madeira projetada por Sergio Sampaio Diversos elementos do projeto remetem à arquitetura caipira, como o alpendre sombreado e contido entre dois volumes cegos. Crédito: Pedro Kok


A nova construção foi feita em alvenaria de tijolo maciço, material que, segundo Joelsons, remete à chegada das primeiras fábricas e estruturas ferroviárias de Jundiaí, e também à Ponte Torta, um famoso monumento da cidade.

Além do material que a constitui, destacam-se na casa elementos da arquitetura caipira, como o alpendre sombreado e contido entre dois volumes cegos, uma alusão às antigas casas bandeiristas.

Casa principal

A casa principal passou por uma reforma substancial, que modificou seu layout e programa. Antes, a construção em estilo de chalé possuía três dormitórios (sendo uma suíte) e dois banheiros. Com a reformulação, a morada ficou com quatro dormitórios e dois banheiros, posicionados em um anexo ao fundo, onde também foi inserida a área de serviço.

Fachada da Casa Jurumirim em madeira projetada por Sergio Sampaio Marcam a fachada da casa principal a parede revestida com tijolos, as portas balcão em madeira (nos dormitórios) e o teto abobadado na sala de estar. Crédito: Pedro Kok


Em todos os quartos, as janelas foram substituídas por portas balcão com venezianas, que criam maior proximidade dos proprietários e hóspedes com a área externa do sítio (e consequentemente com a natureza circundante) e ampliam os cômodos, já que eles se abrem para varandas. Outro destaque aqui é que as novas varandas foram cobertas por pérgolas de madeira, que trazem charme e sombreamento aos quartos.

A área de convívio também foi reformulada: além da redistribuição da cozinha e da sala de jantar, foi criada uma sala de estar, que se destaca no projeto por seu teto cerâmico abobadado.

Entorno e materiais predominantes

Os lindos visuais que contornam o Sítio Rio Acima foram de grande importância para a elaboração do projeto. “Buscamos orientar as construções novas para as vistas mais interessantes, resguardando sua privacidade e buscando a melhor orientação solar com aberturas complementares”, completa Joelsons.

Além dos tijolos, a madeira foi um material amplamente usado no projeto, tanto em porta quanto em paredes, forros, painéis e mobiliário. Para trazer luminosidade à casa principal, que era muito escura, a madeira aplicada no forro e paredes foi pintada de branco, a exemplo da cozinha.

Para criar uniformidade visual e sensação de amplitude, os arquitetos usaram o mesmo piso de cimento queimado em toda a casa principal.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Conclusão da obra: 2022
  • Área do terreno: 34425 m²
  • Área construída: 329 m²

Ficha Técnica

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