Logo Construmarket
Banner

Sistema BRT e terminais de integração

Sistema BRT e terminais de integração
O novo sistema Bus Rapid Transit trará seis novos terminais com arquitetura moderna privilegiando a agilidade e o conforto do usuário. Imagens: Hype Studio
Sistema BRT e terminais de integração
Sistema BRT e terminais de integração
Sistema BRT e terminais de integração
Sistema BRT e terminais de integração
Sistema BRT e terminais de integração
Sistema BRT e terminais de integração

Conforto expresso

Texto: Tais Mello

Um conjunto de projetos desenvolvidos especificamente para o transporte público da cidade de Porto Alegre está sendo criado pelo escritório Debiagi Arquitetos. Com previsão para funcionar em 2014, o Bus Rapid Transit – Sistema BRT – é um modelo de circulação expressa. Ele envolve a criação de seis terminais de integração implantados ao longo de seis corredores de ônibus já existentes e 52 estações. Somente os terminais somam aproximadamente 71 mil m² e deverão atender 130 mil usuários por dia.

A frota de ônibus também será afetada pelo BRT, sendo substituída aos poucos por veículos de piso Parte da demanda de energia será suprida por painéis fotovoltaicos instalados na cobertura superior sobreposta das paradas Jorge Decken Debiagi baixo, articulados ou biarticulados, para se adequarem à altura das plataformas de embarque e desembarque. O projeto tem princípios sustentáveis de eficiência energética. “Parte da demanda de energia será suprida por painéis fotovoltaicos instalados na cobertura superior sobreposta das paradas”, informa o arquiteto Jorge Decken Debiagi. Elas também oferecerão mais conforto ambiental ao usuário.

Cada estação será formada por pares de módulos inicialmente com 12 metros de comprimento por 2,5 metros de largura, metragem equivalente ao comprimento de um ônibus articulado. De instalação limpa e rápida – pois dispensa o canteiro de obras – as paradas serão trazidas prontas da fábrica e acopladas no local. Por se tratar de módulos pré-fabricados, elas podem ser estendidas de acordo com a demanda, e facilmente substituídas caso sejam danificadas.

Fases do projeto

A implantação acontecerá em três fases concatenadas com o período de transição do sistema atual para o BRT. Na primeira etapa simplificada, estão previstas estações abertas e cobertas com fechamento de vidro apenas na parte posterior, o que possibilita receber qualquer tipo de ônibus. Na segunda, as paradas terão um terceiro módulo acoplado, dotado de bilheteria, catracas e sanitário. O fechamento com vidro de controle solar protegerá toda a extensão, e o acesso será feito por portas automáticas.

Na fase final, será implantado o sistema de climatização, com ar-condicionado e ventilação natural que se alternam de acordo com a temperatura ambiente – clima, umidade e temperatura do ar – comandados por um sistema de automação.

O novo sistema Bus Rapid Transit trará seis novos terminais com arquitetura moderna privilegiando a agilidade e o conforto do usuário Imagem: Hype Studio

Os terminais

No novo projeto, os seis terminais – Osvaldo Aranha, Protásio Alves, João Pessoa, Azenha, Bento Gonçalves e Cacique – proveem um grande espaço coberto e estarão aptos a abrigar atividades necessárias à integração de linhas comuns, além de “BRTs” que o utilizam.

A arquitetura organiza plataformas de embarque e desembarque para ônibus de piso baixo, articulados ou biarticulados, todas localizadas de acordo com a distribuição dos fluxos das linhas.

Mesmo funcionando de maneira similar, cada terminal detém em seu projeto arquitetônico de implantação particularidades necessárias à adaptação no contexto. As diferenças existentes entre as coberturas dos Terminais Cristal, Antônio de Carvalho e Manoel Elias são exemplos. Os dois primeiros localizam-se em grandes áreas abertas e visíveis de vários ângulos; os demais encontram-se inseridos em regiões urbanas consolidadas.

Diferenças construtivas

No terminal mais expressivo, o Cristal – implantado em um terreno de 12 mil m² – a área ampla e No terreno de 12 mil metros e formato trapezoidal, o resultado é uma arquitetura bem enquadrada no entorno urbano Jorge Decken Debiagi aberta da região sul da cidade possibilitou criar uma cobertura marcante na paisagem, em forma de uma folha de árvore, cujo desenho e dimensão propiciam uma generosa ventilação. Altas, elegantes e esbeltas, as superfícies curvas somam 180 metros de extensão, com alturas de 15 e 20 metros.

O material da membrana detém alta tecnologia. “Leve e resistente, o PTFE (politetrafluoretileno) podeseadaptar a qualquer desenho orgânico”, explica Jorge Debiagi. Outra vantagem da cobertura – formada por treliças de aço galvanizado – é o tecido translúcido autolimpante, importado, com um sistema ionizado que repele a sujeira. Para suportar o conjunto, foram construídos pilares de concreto armado de diferentes alturas.

Já o Manoel Elias, privilegiou o caráter industrial, com método construtivo racionalizado, que prevê a montagem de peças pré-fabricadas. A superfície coberta abriga sete plataformas com 66 metros de extensão e seis metros de largura, todas acopladas umas às outras.

A cobertura, também constituída pela membrana de PTFE, é arqueada. A plataforma mais larga configura os serviços de apoio; já a passarela metálica permite transpor com segurança a avenida Protásio Alves para o terminal. “No terreno de 12 mil metros e formato trapezoidal, o resultado é uma arquitetura bem enquadrada no entorno urbano”, reflete Jorge. A solução foi replicada nos Terminais São Pedro e Azenha.

Escritório

  • Local: RS, Brasil
  • Início do projeto: 2010
  • Conclusão da obra: 2014
  • Área construída: 71.000 m²

Ficha Técnica

Veja outros projetos relacionados