Projetada num terreno de 2.127 m² no Condomínio Aldeia do Vale, em Goiânia (GO), a Casa LL transmite encanto aos combinar seus espaços com uma bela vista da vegetação nativa do cerrado. Totalmente sustentável, esta morada, idealizada pelo escritório Dayala+Rafael Arquitetura, foi esculpida por elementos naturais para se moldar ao entorno.
Trata-se do lar de uma família, um jovem casal e seu filho único, que decidiu aposentar a vida no apartamento e na cidade para apreciar o contato diário com a natureza. O lote escolhido tem um forte apelo ecológico, uma região onde os moradores convivem constantemente com antas, veados e emas – animais silvestres bem comuns na área.
O projeto arquitetônico foi construído num terreno com declive de 10 m e no extremo de uma quadra. Com isso, o programa da Casa LL foi organizado em 552 m² e em três cotas.
A cota mais baixa é onde ficam a garagem, uma oficina de motos e uma adega. Já na cota média é onde acontece o acesso principal, levando para os setores sociais – salas de estar e jantar, cozinha, área de lazer e varanda – e íntimos – dormitórios e banheiros. Por fim, na cota superior ficam apenas as áreas de serviços e abastecimentos.
Todos os ambientes dispõem de recursos tecnológicos. “A residência possui sistema de automação central que controla todas as atividades realizadas na edificação, como iluminação, condicionamento térmico, controle de acessos etc.”, conta o arquiteto Fábio Ângelo Rafael, um dos responsáveis pela projeção da casa.
O projeto possui diversos elementos que o tornam sustentável, entre eles, a geração de energia elétrica feita através de painéis solares, distribuídos em toda a extensão da cobertura. Vale destacar que o sistema está totalmente integrado à rede elétrica.
Há também um sistema de captação e aproveitamento das águas pluviais para reaproveitamento na irrigação do jardim, evitando a utilização de água potável em tarefas cotidianas.
A concepção do projeto, fortemente inspirado na arquitetura contemporânea brasileira, utiliza-se de elementos naturais tais como madeira e pedras para compor o jogo de volumes e o conjunto de sua composição. “O desafio foi utilizar materiais naturais, mas que se comportassem adequadamente ao clima da região Centro-Oeste, extremamente seco em alguns períodos e com alta umidade em outros”, comenta o arquiteto.
Para isso, a residência foi concebida basicamente em estrutura de concreto, com exceção da cobertura do pavimento onde foi implantada a sala de estar, que foi estruturada em aço.
Por fim, a máxima integração com a natureza foi a premissa básica para a elaboração do projeto, porém, era preciso resguardar a privacidade dos moradores. Para tanto, utilizou-se de grandes aberturas envidraçadas protegidas por brises deslocáveis em alumínio com pintura eletrostática padrão cortén.
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