A busca pelo aproveitamento de espaço guiou o arquiteto David Guerra, titular do escritório que leva seu nome, na reforma da Galeria de Arte Dotart, em Belo Horizonte (MG).
A intenção prioritária do projeto de interiores era tornar o layout amplo e bem iluminado, de forma a valorizar as peças de arte em exposição. “O propósito desse retrofit era ser o mais neutro possível, deixando todo o destaque para as protagonistas do espaço”, afirma o arquiteto.
Além de criar ambientes amplos, onde as obras pudessem ser expostas de forma harmoniosa, o arquiteto adaptou antigos depósitos da Galeria de Arte Dotart em áreas destinadas a mostras e exposições.
Para dividir o layout sem perder a integração desejada, foram usadas paredes de drywall. Blocos com acabamentos em gofrato branco – tipo de pintura fosca –, de vários tamanhos e alturas, foram elaborados para a exposição de pequenas esculturas, permitindo a rotatividade das peças.
“Um fato curioso é que coube ao escritório a curadoria para montagem das obras de arte, quadros e esculturas”, revela Guerra.
Antes da reforma, a Galeria de Arte Dotart possuía uma iluminação escassa e pontual, que precisou ser modificada bruscamente para que as obras recuperassem seu brilho e protagonismo. Sendo assim, o novo projeto de iluminação abrangeu o espaço como um todo, tendo como ponto de partida as superfícies de barrisol e de grandes luminárias kiron.
Para Guerra, as obras ganharam vida com as lâmpadas fluorescentes de alto desempenho, protegidas com uma malha de barrisol, mais spots de AR70 e dicroica. “A iluminação é o diferencial do projeto”, opina.
Talvez o maior contratempo enfrentado pelo escritório na reforma da Galeria de Arte Dotart tenha sido realizar uma obra com o estabelecimento em funcionamento. Como o empreendimento não poderia fechar as portas, foi preciso trabalhar em períodos noturnos e no menor prazo possível.
Depois de pronto, o espaço, com design clean e contemporâneo, passou a ser um dos pontos de referência para quem aprecia arte em Minas Gerais. “As pessoas começaram a frequentar mais a galeria, admirando suas obras”, conclui.
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